A Operação Ingresso Limpo identificou 25 suspeitos de irregularidades na compra de ingressos para o show da cantora Taylor Swift, no Allianz Parque, em São Paulo. A Polícia Civil, junto ao Procon, promoveram a ação na última segunda-feira (19), para combater a atuação de cambistas na fila de vendas de ingressos.
O Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) abordou 300 pessoas e 25 suspeitos foram levados à 1ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Infrações contra o Consumidor (DIICC). Eles foram ouvidos e liberados. A operação apreendeu também 20 cartões bancários e uma maquininha.
O Procon-SP informou que já está emitindo notificações à empresa organizadora dos shows da cantora Taylor Swift, que acontecem em novembro, no Rio de Janeiro e em São Paulo. A medida é um dos instrumentos administrativos quando os consumidores registram reclamações.
A partir da notificação, a empresa organizadora tem prazo para apresentar explicações. Nos casos pertinentes, devem ainda adotar medidas que solucionem os problemas apontados, de acordo com as regras do Código de Defesa do Consumidor.
“De acordo com análise preliminar das reclamações de consumidores registradas no site do órgão de defesa do consumidor, os ingressos, cuja venda começou nesta segunda-feira (12), teriam se esgotado em poucas horas nos canais oficiais, mas estariam sendo anunciados e vendidos em sites não-oficiais a preços muito maiores”, diz nota do órgão.
A venda dos ingressos para os shows da cantora, no entanto, já estavam no radar do Ministério Público de São Paulo desde a última quarta-feira (14). O órgão instaurou inquérito para apurar relatos de eventuais práticas abusivas ao consumidor adotadas pela empresa que vende ingressos para as apresentações de Taylor Swift no Brasil.
De acordo com o Ministério Público, o procedimento tem base no fato de que os serviços prestados pela companhia, em relação às apresentações da artista, apresentam diversas irregularidades. Dentre elas, estão falhas ou ausência de medidas eficazes para o combate à atuação de cambistas, tanto no ponto de vendas físico quanto no âmbito digital. Segundo relatos, a empresa permitiu o uso da tecnologia de robôs para aquisição dos ingressos.
“Consta ainda, que o sistema de venda adotado pela noticiada possibilita a transferência rápida e barata da titularidade do ingresso adquirido, o que propicia a venda de tickets em canais não oficiais e a preços exorbitantes”, diz a promotora Maria Stella Camargo Milani na portaria de instauração. A empresa tem prazo de 15 dias para esclarecer os fatos narrados.