Diretamente do Amazonas, as artes do grafiteiro, Raiz Campos, são exibidas nos Estados Unidos. O artista estreia as obras de tema indígena, no RiverRun Festival, localizado na capital Washington, D.C. O evento busca mostrar a importância dos rios na vida do ser humano, além de dar ênfase na importância de preserva-lo. O evento teve início na terça-feira (4) e permanecerá até o dia (17), no Centro Cultural Kennedy Center.
Para o artista Campos, a oportunidade de ter o trabalho exposto no Hall of States, entrada principal do Kennedy Center, é uma honra, pois muitos não conhecem a capital Amazonense.
“Está sendo uma grande honra, muitas pessoas ficam impressionadas, já que grande parte delas, não conhecem Manaus. Conhecem o estado do Amazonas apenas através da TV ou mídias sociais, e estão tento o prazer em prestigiar a arte que remete os povos tradicionais, sentindo o impacto da arte amazônica. Essa obra é feita pelos artesãos indígenas, assim como por mim, grafiteiro da terrinha, trazendo nossa cultura por onde quer que eu passe”, comentou o artista.
Em uma fusão das artes indígena e urbana, as sete esteiras grafitadas por Campos, foram feitas por indígenas da etnia Baré e Werekena, e pela Associação de Artesãos de Novo Airão. Para respeitar e manter os padrões indígenas, o grafite foi feito em spray, de forma transparente, por cima das esteiras.
Para a vice-presidente da Fundação Municipal de Cultura e Turismo (Manauscult), Oreni Braga, artistas como Campos, são um exemplo do potencial artístico de Manaus.
“Manaus tem um grande potencial artístico, e o fato de termos um artista amazonense levando a arte e cultura amazônica para um dos maiores países do mundo, só comprova isso. Enquanto gestão, a Manauscult vem lançando editais de apoio e desenvolvimento à cultura, para que mais artistas possam acessar lugares de destaque, como o Raiz Campos”, destacou Oreni.
Expondo pela segunda vez nos Estados Unidos, o convite para Campos participar do RiverRun veio de uma das diretoras do Kennedy Center, que esteve em Manaus em 2019 e visitou a primeira exposição do artista, intitulada “Raiz”, na galeria do Largo, que contava com dez esteiras indígenas feitas pela etnia Baré.
Ainda como parte da programação do festival, nos próximos dias, Raiz irá pintar dois murais do lado de fora do Centro Cultural Kennedy Center.
*Com informações da Assessoria