Quem tem alguma relação especial com a cozinha insiste em dizer que, definitivamente, é um ato de amor. Aquele que transforma alimentos em apresentações que nos aguçam os sentidos e nos permitem explorar diferentes sensações do paladar, o profissional chef de cozinha tem se tornado cada vez mais valorizado e disputado no mercado.
Além de ser um grande cozinheiro, um competente líder e também administrador das funções da cozinha, a profissão do chef de cozinha também é conhecida como uma das mais antigas do mundo.
Nessa sexta-feira, dia 20 de outubro, é a data em que se comemora a importância daquele que brilha na gastronomia e que a cada ano se supera com grandes mudanças, é o Dia Internacional do Chef de Cozinha. Em alusão à data comemorativa, o portal Vanguarda do Norte visitou um dos locais mais charmosos de Manaus, o Chez Martina Bistrô, que fica localizado na Rua Rio Mar, bairro Nossa Senhora das Graças, na Zona Sul de Manaus.
Presente no ramo da gastronomia desde 2007, a chef de cozinha amazonense, Martina Caminha classifica o espaço como a realização de um sonho. O Chez Martina Bistrô se trata de um ambiente mais clean e sofisticado, contando com um cardápio extremamente diversificado e amplo.
Martina Caminha começou a trajetória profissional trabalhando em uma padaria. Ela é formada em direito, mas decidiu seguir com um sonho antigo: a gastronomia.
“Tudo começou com uma padaria que estava para alugar no térreo do meu prédio e eu sempre fui uma amante da gastronomia, apaixonada de verdade. Sempre gostei de cozinhar desde pequenininha e então, ali na padaria vi a oportunidade de fazer o que eu gosto. Eu sou formada em direito, só que nunca gostei da área, sempre achei um saco. Vi a oportunidade da padaria, a aluguei e comecei a trabalhar. Ali foi o meu pontapé inicial para a vida que eu tenho hoje voltada para a gastronomia. Estou desde 2007 na labuta, trabalhando com a gastronomia. Todo dia é um leão que tenho que matar, um desafio e uma coisa. A gastronomia é muito dinâmica. Todo dia tem uma coisa nova, pratos novos toda hora. Embora as técnicas não mudem, sempre tem um ingrediente ou sabor novo que podemos explorar. É um desafio diário”, declarou.
O Chez Martina Bistrô existe desde 2015 e surgiu a partir de uma oportunidade que apareceu para a chef de cozinha. No espaço, os clientes podem acompanhar todo o processo de preparo do menu. De acordo com ela, o carro-chefe da casa é o prato Filé Martinica (suculento bombom de mignon acompanhado de risoto de espumante, coberto com queijo cremoso e crispy de ervas frescas).
“Eu não perco nenhuma oportunidade que aparece na minha vida. EU gosto do Chez Martina por ser um ambiente que acolhe as pessoas, aconchegante, um ambiente bonito e eu não gosto do normal, do trivial. Gosto sempre do diferente e amo surpreender as pessoas. Tem cliente que chega aqui e pede para eu fazer algum prato aleatório por já ter experimentado todos, aí sempre busco surpreendê-lo com coisas que surgem na minha cabeça na hora”, disse.
Complementou ainda: “A minha cozinha é aberta ao público com o intuito de gerar uma interação com o público. Tem vezes que eles não gostam muito, principalmente quando solto algum ‘palavrão’ lá dentro no momento em que as coisas não estão fluindo, mas depois tudo volta ao normal. O diferencial do nosso cardápio são as misturas inusitadas e é tudo bem autoral, são coisas que eu mesmo crio na minha cabeça. O prato que mais sai aqui é o Filé Martinica, que surgiu em um dia que eu estava morrendo de fome, abri a geladeira, peguei o filé e surgiu o prato”.
Outro diferencial do local envolve os nomes dados aos pratos que compõem o cardápio, visto que todos recebem os nomes de pessoas que fazem parte da vida profissional e pessoal de Martina.
“São os nomes dos meus amigos, das pessoas que estiveram na minha trajetória inteira, pessoas que eu gosto, que me acompanham e me valorizam. Tenho nomes de pessoas da família, amigos… passou na minha vida, gostei, já estou colocando como nome de prato. Inclusive, vão entrar pratos novos em breve”, disse.
Além de fazer cursos e estágios em restaurantes em São Paulo, a chef também trabalhou na Copa do Mundo em Manaus, Olimpíadas e, quando tem jogo do Brasil na capital amazonense, ela também fica responsável pelo menu.
“É muito suado A gastronomia é para quem gosta e não para quem quer. É um trabalho muito exaustivo e pesado. Dependendo do evento, tu viras trabalhando na cozinha. Já cansei de entrar na cozinha em um dia e sair dois dias depois por estar com algum grande evento. A comida restaura, te traz a vida novamente e uma boa sorte para nós nessa vida, nessa empreitada e que continuemos levando alegria e restauração para as pessoas”, finalizou.