A Semana Fashion Revolution (SFR) é a principal campanha realizada pelo Fashion Revolution, maior movimento ativista de moda do mundo, com o objetivo de reimaginar coletivamente um sistema de moda justo e igualitário para as pessoas e o planeta. Neste ano, a campanha começou no dia 22 de abril e se estenderá até o próximo dia 29, com uma roda de conversa que acontecerá no Casarão de Ideias, Centro, a partir das 14h. Essas datas são próximas ao aniversário do colapso da fábrica Rana Plaza, e durante os sete dias, uma extensa rede de parceiros e colaboradores se unem para realizar ações digitais e presenciais em diversas cidades do Brasil.
E Manaus está nesse eixo, debatendo e discutindo sobre Moda e Sustentabilidade, bem como a cultura e artesanato amazônico, que possui tantos traços únicos e marcantes.
Roda de Conversa
Dia 29 de abril a partir das 14h, no Casarão de Ideias, Centro de Manaus, acontecerá uma roda de conversa com o tema: ‘A Revolução do consumo: entendendo nossos hábitos e nosso poder de mudança!’, contará com a presença das psicólogas: Camila Borba e Laena Portela, tratando sobre processos de individualidade e socialização (a necessidade de ser autêntico versus a necessidade de pertencimento). Camila dará foco ao lugar que é tradicionalmente destinado às mulheres nesse processo. Já Laena vai tratar das particularidades da vivência negra no tocante às formas de vestir.
Após a apresentação das duas, teremos André Barbosa, consultor do setor de artesanato do Sebrae-AM, traçando um breve panorama sobre História da Moda, explicando sobre Curva de Adesão de Tendências e porquê o manauara não valoriza a produção artesanal local. A seguir, teremos Dani Saterê, graduada em Ciências Biológicas, artista e desenhista que irá falar da trajetória no coletivo Moda Raiz, dando um depoimento de como a vivência na produção de arte local efetivamente ocorre, para além do que é dito nos campos de pesquisa e estudo.
Ao final, Anne e Victória, advogadas, encerram a roda relacionando direitos fundamentais à moda, tratando sobre o direito de existir, de se expressar e criar, apresentando ações afirmativas como mecanismo para plena diversidade na moda.
Para participar basta clicar no link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScuiRKokfewrZy-k4gBShfWModd_mkg-0vUUTRd77FFaiRh6g/viewform
Roda de conversa ‘A revolução do consumo: entendendo nossos hábitos e nosso poder de mudança’
Painel 1: Do Ego ao Eco
Palestra Camila Borba:14h20 às 14h50
Palestra Laena Portela:14h50 às 15h20
Após a palestra: 10 min para perguntas, com mediação de Geyce
Painel 2 – Moda Manauara
Palestra André Barbosa: 15h30 às 16h
Palestra Dani Saterê: 16h às 16h30
Após a palestra: 10 min para perguntas, com mediação de Elijane Vasconcelos
Painel 3 – Direito & Moda
Palestra Anne: 16h40 às 17h10
Palestra Victoria: 17h10 às 17h40
Abertura para perguntas e comentários: 17h40 às 18h (mediação com Isabela Casio)
Exibição de Filme
Desde o dia 13 de abril, a equipe de Manaus fez exibição de filmes sobre a complexidade da indústria da moda e sobre a necessidade de redefinições de padrões para uma vida sustentável, além de uma oficina de upcycling, onde os participantes podiam customizar as peças do seu armário.
Sobre a Semana Fashion Revolution
10 anos do desabamento do Rana Plaza
Ainda precisamos perguntar quem fez nossas roupas? Após 10 anos do desastre de Bangladesh, o Fashion Revolution, maior movimento ativista de moda do mundo, usa a data para reforçar o Manifesto pela Revolução da Moda.
A Semana Fashion Revolution, campanha que acontece anualmente ao redor do mundo com o objetivo de reimaginar coletivamente um sistema de moda justo e igualitário para as pessoas e o planeta, acontecerá de 22 a 29 de abril de 2023. O tema deste ano é o Manifesto pela Revolução na Moda com 10 pontos que reforçam a visão rumo uma indústria da moda que conserve e restaure o meio ambiente, e valorize as pessoas acima do lucro. Abril de 2023 marca o décimo ano de aniversário da tragédia do desabamento do edifício Rana Plaza em Dhaka, Bangladesh, assim como o ano em que o Fashion Revolution foi criado. Usando os 10 pontos do Manifesto pela Revolução na Moda como ponto de partida, o movimento pretende mobilizar pessoas, amplificar vozes não ouvidas ou marginalizadas, e trabalhar em prol de soluções efetivas para a indústria da moda. Leia os dez pontos do manifesto aqui. Na última década, o debate em torno da moda mais sustentável ganhou espaço e destaque, mas o progresso real é lento, considerando o contexto da crise climática e da crescente injustiça social. Embora a indústria da moda tenha um grande impacto negativo, esta mesma indústria tem o potencial de ser uma força de mudança. Partindo da transparência da cadeia de fornecimento aos salários dignos, do desperdício têxtil à apropriação cultural, da liberdade de associação à biodiversidade, da luta antirracista a equidade racial e de gênero, o Fashion Revolution compartilha soluções para os problemas socioambientais relacionados à moda. “A moda precisa estar atrelada à vida e à prosperidade. Fazer parte da construção de sociedades justas, alinhadas com a natureza, em ciclos regenerativos, onde desastres como o Rana Plaza nunca voltem a acontecer “, diz Fernanda Simon, diretora executiva do Instituto Fashion Revolution Brasil.
*Com informações da assessoria
Edição: Hector M S Silva