A segunda temporada da série “Monstros”, que conta a história dos irmãos Menendez, foi a produção mais vista na Netflix na semana de 16 a 22 de setembro.
O drama que estreou no dia 19 somou 12,3 milhões de visualizações e ficou no Top 10 de 89 países, de acordo com informações do streaming.
O enredo foi inspirado no caso dos irmãos Menendez, jovens da elite americana que assassinaram seus próprios pais com doze tiros em 1989. A primeira temporada da produção contou a história do assassino Jeffrey Dahmer e alcançou recordes da plataforma em quantidade de horas assistidas.
Em 20 de agosto, Lyle e Erik Menendez mataram José e Kitty na residência da família em Beverly Hills, nos Estados Unidos. Na época, eles tinham 21 e 18 anos, respectivamente, e juntos disparam com espingardas mais de 12 vezes contra o casal.
Menos de um ano após os assassinatos, em março de 1990, Lyle foi preso, seguido de Erik — três dias depois. Os dois não tentaram negar os crimes durante seu julgamento, que aconteceu separadamente em 1995.
Erik Menendez critica série como “ingênua e imprecisa”
Erik Menendez, 53, condenado pelo assassinato de seus pais, José e Kitty, recentemente criticou a minissérie da Netflix “Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais“, criada por Ryan Murphy, que o retrata. Ele descreveu a produção como “ingênua e imprecisa”.
A declaração foi feita por meio de sua esposa, Tammi Menendez, pela rede social X e reproduzida pela revista Variety. “É com um coração pesado que digo que acredito que Ryan Murphy não pode ser tão ingênuo e impreciso sobre os fatos de nossas vidas a ponto de fazer isso sem más intenções”, disse ele em sua declaração.
“É lamentável perceber que a representação enganosa da Netflix sobre as tragédias que envolvem nosso crime retrocedeu dolorosamente, voltando a uma época em que a acusação sustentava a crença de que homens não sofriam abuso sexual e que o trauma do estupro era vivido de maneira diferente por eles em comparação com as mulheres”, continuou.
“Essas mentiras terríveis foram contestadas e reveladas por inúmeras vítimas corajosas nas últimas duas décadas, que superaram sua vergonha e se pronunciaram. Agora, Murphy molda sua narrativa cruel através de retratos distorcidos e repugnantes de Lyle e de mim, além de difamações desalentadoras.”