Os visitantes que chegarem para o 57º Festival de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus), pelo Aeroporto Júlio Belém, poderão fazer o primeiro registro na Ilha Tupinambarana em frente ao mural instagramável pintado pelo artista Pito Silva. A pintura é uma extensão da arte do Mural do Bumbódromo, que também foi base de criação para a identidade visual da festa deste ano, que acontece entre 28 e 30 de junho.
Na obra original, que venceu o edital aberto pelo Governo do Amazonas, há um menino (curumim) no meio dos bois Caprichoso e Garantido. No painel adaptado do aeroporto, há somente os bois, onde o visitante poderá se posicionar e representar a galera.
O secretário da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) do Governo do Amazonas, Marcellus Campêlo, conta que a ideia de fazer a arte surgiu com os serviços de revitalização que estão sendo realizados pelo órgão no aeroporto. As obras e intervenções têm a parceria da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.
“Neste Festival de Parintins já teremos um aeroporto mais bonito e que vai atender melhor aos turistas. É uma revitalização também na identidade visual. A mesma arte do mural do Bumbódromo estará estampada na entrada do aeroporto, mas sem o curumim entre os bois para que o visitante se posicione no meio e ocupe o lugar de Item 19, que é a galera, e tire sua foto”, disse.
O secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz, reforça o trabalho que está sendo realizado pelo Governo do Amazonas no aeroporto, para melhor receber os turistas para o festival. “Além da parte de melhorias na infraestrutura, também há um lado de humanização e valorização do maior potencial que Parintins tem, que é o artístico, e aqui destacando a arte do Pito, para dar as boas-vindas aos visitantes”, afirmou.
Pito Silva é um dos artistas parintinenses atuantes no segmento das artes visuais. Premiado em vários eventos estaduais, nacionais e internacionais, tanto na pintura quanto na dança, suas composições enfatizam os temas amazônicos, valorizando a cultura e reconhecendo a Amazônia como Território de Identidade.
O artista contou que a inspiração do mural partiu do pensamento de que um boi não vive sem o outro e ambos não vivem sem a galera. “Trouxemos o torcedor na imagem de um curumim, na arte original, como uma poética artística que celebra a tradição do Boi Bumbá como um patrimônio histórico que é projetado às futuras gerações. É algo que precisa ter continuidade para que essa cultura possa se manter viva por muitos e muitos anos ou até para sempre”, ressaltou o artista parintinense.