O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, dá início à Semana do Patrimônio Histórico e Cultural, cujo Dia Nacional é comemorado na quinta-feira (17). A abertura será a partir das 8h30, no Palacete Provincial, localizado na Praça Heliodoro Balbi, no Centro.
A programação segue com as palestras às 10h e às 11h, “Atuação e Leis Federais do Iphan”, ministrada pelo arquiteto do instituto no Amazonas, Rafael Azevedo e a “Atuação do Conselho e Leis Estaduais do Copham”, pelo assessor jurídico do conselho, Sérgio Cruz.
Ainda na quinta, na sede do Iphan do Amazonas, na travessa Vivaldo Lima, Centro, às 18h30, acontece a palestra “Patrimônio em Rede”, ministrada pelo corpo técnico do instituto. Durante a semana, oficinas e palestras gratuitas seguem com inscrições abertas no Portal da Cultura.
A troca de experiências e o incentivo a novos projetos estão entre as questões abordadas nas atividades pelas gerências de arquitetura, engenharia, restauro, patrimônio imaterial e arqueologia, que integram o Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) da secretaria de cultura.
A Semana do Patrimônio Histórico e Cultural também comemora a retomada do Conselho de Patrimônio Histórico do Estado, que passou dez anos desativado. O Dia Nacional foi criado em lembrança ao historiador e jornalista mineiro Rodrigo Melo Franco de Andrade, como defensor do Patrimônio Cultural Brasileiro, quando foi presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), de 1937 a 1967. Este período ficou conhecido como fase heróica, refletindo a importância do trabalho realizado.
Legado cultural
Um dos setores de ampla atuação no estado, responsável por preservar a herança da belle époque de Manaus, é o Ateliê de Conservação e Restauro de Obras de Arte e Papel, que funciona no Palacete Provincial.
Recuperação de livros, mapas e obras de arte em papel estão reservadas a uma sala. Em outra dependência, profissionais se debruçam no trabalho de restauro de esculturas de metal, madeira, pedras, gesso, louças e elementos artísticos integrados à arquitetura, entre os quais do Teatro Amazonas.
Segundo a gerente do ateliê, Judeth Costa, o trabalho de recuperação e manutenção dos profissionais está presente na maioria dos espaços culturais do estado, como Palácio Rio Negro, Palácio da Justiça, Igreja da Matriz, Largo de São Sebastião, Teatro Amazonas, além de outros bens nos municípios e cidades como, Bebedouro de Humaitá e a Igreja Nossa Senhora do Carmo em Boa Vista, Roraima.
“Em todas as áreas, em qualquer suporte do nosso serviço, a importância é enorme quando nós conseguimos dar um pouco do nosso conhecimento para a salvaguarda da nossa história”, pontua a gerente, que entende como dever cumprido, o fato de devolver à sociedade um patrimônio na sua dignidade e integridade.
O auxiliar de restauro, Nahim Duque, que atua há 26 anos no setor de restauro, acumula experiências em diversas obras públicas “Trabalhamos nas molduras do Teatro Amazonas, na aplicação de verniz e higienização da Abertura dos Portos, na Cúpula do Teatro, no busto de Eduardo Ribeiro, no Bebedouro de Humaitá e muitos outros”, pontua.
“Eu espero conservação de uma obra que traz uma história muito rica e linda que teve em Manaus. É um legado que você deixa e quer ver preservado”, conclui Nahim.
Sobre o setor de restauro, a programação contempla, no dia 21 de agosto, uma roda de conversa sobre a atuação do Ateliê de Conservação e Restauro de Obras de Arte e Papel, além da visita mediada pelos museus e exposições do Palacete Provincial. Esta e outras atividades estão listadas no Portal da Cultura e podem ser acompanhadas pelas redes sociais.
*Com informações da assessoria