Um acordo de codeshare que englobará mais de 150 destinos operados pelas duas companhias aéreas, acrescentando que as rotas envolvidas serão aquelas operadas por uma das companhias e não pela outra. Por volta de 11h10, as ações da Azul saltavam 8,8%, a R$ 10,72, melhor desempenho do Ibovesta.BVSP, que subia 0,35%. E as ações da Gol, que não fazem parte do índice, avançavam 13,5%, a R$ 1,43.
Analistas do Itaú BBA destacaram que a notícia é positiva para a Azul porque, entre outras razões, reforça o ambiente competitivo positivo no espaço aéreo brasileiro, assim como poderá desbloquear receitas adicionais para a Azul dada a maior conectividade criada pelo codeshare.
“Observe que este acordo não depende de aprovação antitruste”, afirmaram Gabriel Rezende e equipe em relatório enviado a clientes, avaliando ainda que a notícia poderá aumentar a percepção dos investidores sobre a possibilidade de uma fusão entre as companhias aéreas.
“Dado que a Azul voa sozinha em mais de 80% de suas rotas, a combinação de seus negócios poderia desbloquear sinergias substanciais de receitas, além da economia de custos para a empresa combinada”, acrescentaram.
De acordo com o comunicado das duas empresas divulgado na noite de quinta-feira, as ofertas de rotas em codeshare estarão disponíveis para venda a partir do final de junho nos canais de ambas as companhias. As rotas que são operadas por ambas as empresas não fazem parte do acordo.
Azul e Gol — que pediu recuperação judicial nos Estados Unidos — afirmaram que possuem cerca de 1.500 decolagens diárias. “O acordo vai criar mais de 2.700 oportunidades de viagens com apenas uma conexão”, afirmaram as empresas.