A Petrobras está no centro das atenções do mercado financeiro desta sexta-feira, dia seguinte à publicação de seu balanço financeiro referente a 2023.
As ações da companhia caiam mais de 11% nesta manhã, em reação à decisão de não distribuir dividendos extraordinários aos investidores, conforme comunicado feito na noite da véspera.
O conselho da Petrobras propôs que o montante seja integralmente destinado para a reserva de remuneração.
Por volta de 11:25, os papéis preferenciais recuavam 9,98%, a R$ 36,36, enquanto as ações ordinárias tinham queda de 11,05%, a R$ 36,7, equivalente a uma perda de R$ 62,4 bilhões em valor de mercado. Os papéis lideravam com folga as perdas do Ibovespa, que cedia 1,39%.
Caso essas quedas sejam confirmadas no fechamento, serão os piores desempenhos percentuais em um dia desde fevereiro de 2021. No pior momento, as PNs recuaram 13,1%, a R$ 35,10, e as ONs caíram 14%, a R$ 35,47, representando uma perda de R$ 72,7 bilhões em valor de mercado.
Na avaliação de analistas consultados, a notícia decepcionou os investidores e deixou a percepção de que a petroleira cedeu aos interesses do governo.
Nesta quinta-feira, a estatal divulgou um lucro líquido de mais de R$ 124 bilhões no ano passado.
Esse resultado é o segundo maior da história da empresa, mas ficou quase 34% abaixo do registrado em 2022.
Apesar de optar por não distribuir os rendimentos extras, o conselho de administração autorizou o encaminhamento à Assembleia Geral Ordinária (AGO), prevista para 25 de abril de 2024, da proposta de distribuição de dividendos (aqueles cuja distribuição é obrigatória, segundo o estatuto da empresa), equivalentes a R$ 14,2 bilhões.
Para acompanhar mais notícias, acesse o portal Vanguarda do Norte.