O Banco Mundial escolheu Ajay Banga para substituir David Malpass, concluindo um processo de seleção iniciado em fevereiro de 2023. O empresário e ex-presidente da Mastercard tem 63 anos e nasceu e cresceu na Índia, tendo obtido cidadania norte-americana posteriormente.
A indicação de Banga foi do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, praticamente garantindo a sua nomeação já que, segundo uma regra não escrita, tem a liderança do Banco Mundial é de um norte-americano e a do Fundo Monetário Internacional (FMI) é de um europeu.
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O fato de ser o único candidato ao cargo também limitou as opções do Conselho de Administração do Banco Mundial, que comunicou a escolha de Banga, nesta quarta-feira (3). O novo presidente deverá tomar posse no dia 2 de junho para um mandato de cinco anos.
Perfil
Espera-se que Ajay Banga se dedique à reforma do Banco Mundial e o norteie em investimentos dedicados à inclusão financeira e às alterações climáticas – duas áreas nas quais Banga tem vasta experiência.
O novo presidente do Banco Mundial foi vice-presidente da empresa investimento General Atlantic, que investiu mais de US$ 800 milhões em soluções de carregamento para veículos elétricos, energia solar e agricultura sustentável. Ele é membro honorário da Câmara de Comércio Internacional.
Após 12 anos na Mastercard, Banga deixou a companhia em 2021. Em sua gestão teve por objetivo trazer bilhões de pessoas e 50 milhões de micro e pequenos negócios à economia digital. Liderou ainda projetos em questões climáticas, de gênero e de agricultura sustentável.
Foi ainda co-responsável pelo projeto Parceria para a América Central, ao lado da atual vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris. O projeto mobilizou mais de US$ 4 bilhões em fundos privados, públicos e sem fins lucrativos, para incentivar oportunidades na região norte da América Central.
Apoio
“Ao longo de mais de três décadas, ele [Ajay Banga] construiu e administrou empresas globais de sucesso que criam empregos e trazem investimentos às economias em desenvolvimento, além de ter guiado organizações em períodos de mudança fundamental”, disse a Casa Branca ao comunicar as razões que levaram à escolha de Banga, em fevereiro.
Seus apoiadores consideraram que o fato de ter crescido na Índia deu ao empresário uma perspetiva única sobre as formas como o Banco Mundial poderá cumprir os objetivos de reduzir a pobreza e expandir a prosperidade.
Desde a sua indicação como candidato dos Estados Unidos ao cargo, Ajay Banga lançou-se em uma volta ao mundo em busca de apoio, sobretudo dos países emergentes e em desenvolvimento. Ele contou com o apoio da Índia, seu país natal, do Quênia e da África do Sul.
Com informações da RTP*