A B3 — bolsa de valores brasileira — lança nesta quinta-feira (16) o “Índice Tesouro Selic B3”, que terá como sigla TSLC. A cerimônia acontece em sua sede, na capital paulista.
O novo índice promete fornecer uma referência precisa e atualizada sobre o desempenho das LFTs (Letras Financeiras do Tesouro), títulos públicos pós-fixados atrelados à taxa Selic e emitidos pela Secretaria do Tesouro Nacional.
Segundo a própria B3, este é o primeiro índice de títulos públicos criado pela Bolsa. O TSLC é o 11º indicador lançado pela B3 neste ano. Atualmente, a bolsa do Brasil tem mais de 60 índices que englobam diferentes segmentos do mercado.
A metodologia do índice vai mirar apenas os títulos mais líquidos e representativos, de acordo com a B3. A ponderação das LFTs na carteira do índice será determinada pelo valor de mercado e pelo volume médio diário de negociação, e o rebalanceamento dos índices acontece a cada três meses.
“Essas características possibilitam a inclusão de títulos com menor spread (diferença entre os preços de compra e venda de um ativo) sobre o preço de negociação e um menor turnover (frequência com que os componentes de um índice são comprados e vendidos em um determinado período) nas carteiras nos rebalanceamentos, resultando em uma melhor replicação para os gestores, com custos mais baixos, e em um produto mais eficiente para o investidor final”, explica a Bolsa na divulgação.
Metodologia
As LFTs selecionadas para compor o Índice Tesouro Selic devem cumprir os seguintes quesitos, na data de rebalanceamento:
- Ter sido emitidas há pelo menos dois meses;
- ter prazo de vencimento igual ou superior a 12 meses;
- ter um volume de negociação diário no mercado secundário que esteja entre os 75% mais representativos dos últimos 3 meses. As LFTs serão ponderadas de forma mista: 50% com base no valor de mercado e 50% com base na liquidez do ativo. O rebalanceamento ocorre trimestralmente, no quinto dia útil dos meses de janeiro, abril, julho e outubro.
As LFTs serão ponderadas de forma mista: 50% com base no valor de mercado e 50% com base na liquidez do ativo. O rebalanceamento ocorre trimestralmente, no quinto dia útil dos meses de janeiro, abril, julho e outubro.
“A criação do Índice Tesouro Selic B3 reflete o compromisso da bolsa do Brasil em oferecer produtos que atendam às necessidades específicas do mercado financeiro brasileiro. Com esse indicador, os investidores terão uma ferramenta robusta para análise e monitoramento da dinâmica dos títulos públicos”, afirma Hênio Scheidt, gerente de Produtos na B3.