A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 3 bilhões em setembro de 2025, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (6) pela Secretaria de Comércio Exterior do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).
O resultado é uma queda de 41,1% frente ao registrado no ano passado, quando o saldo foi de US$ 5,1 bilhões.
O valor é resultado de exportações que somaram US$ 30,5 bilhões e importações de US$ 27,5 bilhões. A corrente de comércio totalizou US$ 58,1 bilhões no mês, com crescimento de 12% na comparação com setembro de 2024.
No mês de setembro, as exportações cresceram 7,2%. As vendas foram impulsionadas pela agropecuária, que cresceu 18% na comparação com o mesmo mês de 2024. As vendas de carne bovina registraram alta de 55,6%.
Do lado das importações, houve avanço de 17,7% em relação a setembro de 2024.
Uma das justificativas para a queda no saldo da balança em setembro foi a compra de uma plataforma de petróleo de US$ 2,4 bilhões, vinda de Singapura. Esse tipo de aquisição pontual impacta significativamente o resultado mensal devido ao alto valor dessas embarcações.
Em fevereiro, por exemplo, o Brasil registrou um déficit de US$ 300 milhões na balança após a compra de uma plataforma de petróleo chinesa.
Motores e máquinas (63,1%), medicamentos (51,7%) e inseticidas (38,3%) foram os itens que registraram a maior alta nas importações.
No acumulado do ano, de janeiro a setembro, as exportações brasileiras somaram US$ 258 bilhões, uma leve alta de 1,1% na comparação com o mesmo período de 2024. As importações, por outro lado, cresceram 8,2% e atingiram US$ 161 bilhões.
O saldo da balança comercial caiu 22,5% no acumulado do ano em comparação com os mesmos meses no ano passado.