A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 6,133 bilhões em agosto deste ano, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), divulgados nesta quinta-feira (4). O resultado representa um salto de 35,8% frente ao mesmo período do ano passado, quando o saldo foi de US$ 4,5 bilhões.
O número é fruto da diferença entre as exportações, que somaram US$ 29,861 bilhões, e as importações, que totalizaram US$ 23,728 bilhões em agosto. A corrente de comércio totalizou US$ 53,589 bilhões no mês.
As vendas externas cresceram 3,9% na comparação anual, puxadas principalmente pelo aumento das exportações de petróleo bruto (+18,0%), soja (+11,0%) e milho (+17,9%).
Do lado das importações, houve queda de 2,0% em relação a agosto de 2024, com recuo nas compras de derivados de petróleo (-23,5%), semicondutores (-32,2%) e veículos de passageiros (-34,2%).
No entanto, café e carne bovina foram afetados pelo tarifaço de 50% imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em agosto, os embarques de café recuaram -10,3%, mas os preços médios subiram +12,7%; no caso da carne bovina, o volume caiu -8,5%, enquanto os preços avançaram +7,1%.
Acumulado do ano
De janeiro a agosto, a balança comercial acumula superávit de US$ 42,812 bilhões. No período, as exportações totalizaram US$ 227,583 bilhões, avanço de 0,5% em relação ao mesmo intervalo de 2024.
As importações somaram US$ 184,771 bilhões, alta de 6,9% na comparação anual.
A corrente de comércio chegou a US$ 412,354 bilhões, crescimento de 3,2% sobre o mesmo período do ano anterior.
No acumulado do ano, café (+38,5%) e carne bovina (+34,3%) seguem entre os principais produtos que puxaram o desempenho positivo, ao lado de veículos (+62,7%) e ouro não monetário (+63,2%).
Nas importações, os maiores destaques foram plataformas e embarcações (+591,8%), fertilizantes (+20,0%) e máquinas não elétricas (+32,3%).