Instituições financeiras já começam a notificar clientes que têm ativos do Banco Master em sua carteira sobre a decisão do BC (Banco Central) pela liquidação extrajudicial e o acionamento do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), para garantir seus credores.
Nas contas do FGC, o Master possui base estimada de 1,6 milhão de credores, com depósitos e investimentos elegíveis ao pagamento de garantia que somam aproximadamente R$ 41 bilhões.
Uma das instituições que já notificam os clientes é o Nubank. Em uma mensagem, a fintech indica o valor que o credor tem em ativos do Master e destaca que a cobertura do FGC alcança R$ 250 mil por CPF.
Na sequência, ainda dá um “passo a passo” de como acionar o FGC, desde o download do aplicativo até a solicitação do resgate. Ainda há um trecho da mensagem que explica o que é o Fundo e indica que sua cobertura abrange ativos como CDBs, RDBs, LCIs e LCAs, além de dinheiro em conta.
Veja abaixo:

As corretoras também já avisam. A mensagem da XP indica que a casa está acompanhando os desdobramentos do caso Master. Na sequência, informa que o cliente possui ativos do banco a serem liquidadas e que os valores são elegíveis para a proteção do FGC.
Veja abaixo:

Etapas para pagamento da garantia
- O liquidante ou interventor do Banco Master envia ao FGC a relação das pessoas beneficiárias com os valores devidos. A consolidação dessa lista requer prazo que varia por instituição (na média, conforme experiência recente, cerca de 30 dias).
- O aplicativo do FGC já está disponível; os credores podem realizar o cadastro básico.
- Após o recebimento da base de dados, o FGC informa aos credores que o sistema está disponível para solicitação da garantia. O credor precisa manifestar interesse.
- Pessoas físicas (CPF) solicitam a garantia pelo aplicativo do FGC; pessoas jurídicas (CNPJ) realizam o processo por meio do site do FGC.
- Após o cadastro completo, a pessoa física visualiza o valor a receber e assina digitalmente o termo de solicitação; para a pessoa jurídica, o termo é enviado por e-mail após análise documental.
Maior resgate da história
Até então, o maior resgate registrado havia sido o do Bamerindus, banco paranaense que quebrou em 1997 após forte deterioração financeira e perda de liquidez acelerada. O FGC pagou cerca de R$ 3,744 bilhões em garantia à época — valor que equivale a R$ 19,7 bilhões corrigidos pela inflação.
Maiores resgates do FGC:
- Banco Master: R$ 41 bilhões
- Bamerindus: R$ 19,7 bilhões
- Cruzeiro do Sul: R$ 4,04 bilhões
- BRK: R$ 1,96 bilhão.

