O Banco Central vendeu nesta segunda-feira (16) um total de US$ 3 bilhões em um leilão com compromisso de recompra realizado durante a manhã, informou a autarquia em comunicado, no que foi o terceiro pregão consecutivo com intervenção no câmbio.
No leilão, que terá como data de recompra o dia 6 de março de 2025, o BC aceitou seis propostas com uma taxa de corte de 6,01%. A cotação de câmbio utilizada para a venda de dólares pelo BC foi a Ptax das 10h, a R$ 6,0357.
Mais cedo, a autarquia vendeu US$ 1,627 bilhão à vista, com uma taxa de R$ 6,04 por dólar.
O leilão de linha já havia sido anunciado na sexta-feira (13), após o fechamento dos mercados, mas a autarquia não informou o motivo para a operação.
O BC costuma realizar leilões de linha nos finais de ano, em especial em dezembro, para atender à demanda por moeda para envio ao exterior. Nesse sentido, a autoridade monetária já havia realizado dois leilões de linha no mês passado, vendendo um total de US$ 4 bilhões.
Os membros da autarquia têm dito repetidamente que as intervenções no câmbio ocorrem apenas no caso de disfuncionalidades ou de fluxos atípicos como as saídas de fim de ano.
O leilão desta segunda ocorre em meio à crescente desvalorização do real, com o dólar fechando acima de R$ 6 na maior parte das sessões deste mês em meio à reação negativa do mercado ao duplo anúncio do governo de um pacote fiscal e de uma reforma do Imposto de Renda no fim de novembro.
Na quinta-feira (12), o BC vendeu US$ 4 bilhões em dois leilões de linha e no dia seguinte vendeu US$ 845 milhões em um leilão à vista.
Às 11h03, o dólar à vista tinha alta de 0,37%, a R$ 6,0518 na venda.