A Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, aproximou-se do valor de mercado de US$ 1 trilhão nesta segunda-feira, um marco que a colocaria em uma lista rara de empresas norte-americanas, após registrar um lucro anual recorde pela segunda vez consecutiva.
O lendário investidor de 93 anos garantiu aos acionistas que o conglomerado de investimentos, atualmente a maior empresa financeira em valor de mercado, foi “construído para durar”.
As ações Classe B da Berkshire, que têm maior direito a voto e cujo valor é 1/1.500 das ações Classe A, avançavam 2% no pré-mercado.
Em sua carta anual aos acionistas, Buffett, no entanto, reduziu as expectativas em relação ao preço das ações, dizendo que não restavam muitas oportunidades lucrativas de investimento.
Buffett disse aos investidores que a Berkshire terá um desempenho um pouco melhor do que a “média das empresas norte-americanas”, mas que qualquer resultado além disso seria uma “ilusão”, mesmo tendo um caixa de US$ 167,6 bilhões.
Os investidores observam atentamente a Berkshire, uma vez que seus resultados são frequentemente vistos como um termômetro para a economia dos Estados Unidos.
“Há apenas um punhado de empresas neste país capazes de realmente mudar o rumo da Berkshire, e elas têm sido infinitamente escolhidas por nós e por outros… Em suma, não temos possibilidade de um desempenho extraordinário”, escreveu Buffett.
O lucro operacional anual da Berkshire subiu 21%, chegando a US$ 37,4 bilhões, graças a uma melhor subscrição e a uma maior receita de investimentos do segmento de seguros. O lucro operacional do quarto trimestre também ficou acima das expectativas dos analistas.