O Bitcoin (BTC) atingiu o maior patamar em um mês, puxado por novas entradas nos ETFs (fundos de índice) à vista da criptomoeda dos Estados Unidos e pelo otimismo com o halving, evento que reduz pela metade a emissão do ativo digital.
Por volta das 8h desta sexta-feira (9), a moeda opera em alta de +4,20%, a US$ 46.650, elevando seu ganho em 2024 para cerca de 10%. As demais altcoins também são negociadas no campo positivo nesta manhã.
O primeiro lote de 11 ETFs à vista dos EUA foi lançado em 11 de janeiro. De lá para cá, o BTC caiu ao assumir um comportamento buy the rumor, sell the news” (compre no boato, venda no fato). Parte da queda ocorreu por causa dos resgates no Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), um fundo fechado transformado em ETF que registrou cerca de US$ 6 bilhões de saídas.
No entanto, as retiradas nos GBTC diminuíram. Além disso, os outros ETFs atraíram US$ 8 bilhões de entradas.
“O Bitcoin parece pronto para retomar sua marcha ascendente depois que as saídas da Grayscale finalmente diminuíram”, disse Caroline Mauron, cofundadora do provedor de liquidez de derivativos de ativos digitais Orbit Markets, para a Bloomberg.
Parte da retomada da cripto também é creditada às “baleias” (investidores com grande quantidade de cripto), que começaram a acumular BTC. Fernando Pereira, analista da corretora Bitget, disse que esse movimento sinaliza uma fase de crença de mercado que “antecede o bull run (corrida de touros), um período de euforia em que o preço dispara”.
No curto prazo, segundo nota divulgada pela casa de análise 10X Research na quinta-feira (8), o Bitcoin pode subir até US$ 48 mil.
Halving
Outro catalisador da criptomoeda é o halving, o evento quadrienal que reduz pela metade a quantidade de Bitcoin que os mineradores recebem para “trabalhar” na blockchain.
Cortar a emissão é a chave para limitar o fornecimento total do Bitcoin em 21 milhões – atualmente, 19,6 milhões de unidades estão em circulação. As recompensas por novos tokens minerados vão cair de 6,25 moedas por bloco para 3,125.
Historicamente, os meses anteriores ao halving “precedem fortes corridas de alta”, escreveu em nota a equipe do DBS Bank.
“Há uma razão econômica simples pela qual os preços deveriam subir. À medida que a recompensa pela mineração diminui, o preço da produção (nomeadamente o Bitcoin) deve aumentar para compensar e não desencadear uma retirada de recursos computacionais pelos mineradores”.
Com informações de Infomoney.