A safra de café do Brasil de 2024, já colhida, foi estimada nesta quinta-feira (18) em 54,79 milhões de sacas de 60 kg, com um corte de 6,8% na comparação com a previsão anterior, por conta de condições climáticas adversas, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Com a revisão, agora a Conab passa a ver uma redução de 0,5% na safra do maior produtor e exportador global de café em relação a 2023. A estatal apontou produtividade média de 28,8 sacas/hectare, 1,9% abaixo do ano passado.
“O início da atual safra indicava um novo crescimento na colheita, considerando a situação das lavouras na época e o ciclo de alta bienalidade”, disse a Conab.
“No entanto, as condições climáticas adversas, como: estiagens, chuvas esparsas e mal distribuídas, juntamente com altas temperaturas durante as fases de desenvolvimento dos frutos, reduziram as produtividades previstas inicialmente”, afirmou o relatório.
A Conab reduziu as previsões para as safras de café arábica, principal espécie produzida no Brasil, para 39,59 milhões de sacas, ante 42,1 milhões de sacas na projeção anterior.
Ainda assim, o Brasil ainda colheu uma safra de arábica 1,7% maior do que a registrada na temporada passada, em meio ao ciclo bienal de alta da espécie, que alterna anos de maior e menor produtividade. Isso foi possível por conta de um aumento da área plantada.
Mas colheita de arábica ficou 6% abaixo da projeção de maio, segundo números da Conab.
Já a safra de café canéfora, que envolve as variedades robusta e conilon, foi estimada em 15,2 milhões de sacas, aproximadamente 9% abaixo da previsão anterior.
Na comparação com 2023, a queda foi de 6%.
A safra recuou apesar de um ligeiro aumento na área total de café em produção em 2024, estimada em 1,9 milhão de hectares, contra 1,87 milhão em 2023.