A taxa de desemprego no Brasil para o trimestre de fevereiro a abril de 2025 foi de 6,6%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (29).
Houve estabilidade em relação ao trimestre de novembro de 2024 a janeiro de 2025 (6,5%) e queda de 1,0 ponto percentual (p.p.) frente ao mesmo trimestre do ano anterior.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira (29).
De fevereiro a abril de 2025, cerca de 7,3 milhões de pessoas estavam desocupadas no país, indicando estabilidade em relação ao trimestre móvel anterior (novembro de 2024 a janeiro de 2025), quando havia 7,2 milhões de pessoas sem ocupação.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) ficou em 15,4%, resultado também considerado estável na comparação trimestral (15,5%). Na comparação anual, houve queda de 2,0 p.p.
“A estabilidade nas taxas de desocupação e subutilização confirma o que o primeiro trimestre apontou, ou seja, uma boa capacidade de absorção dos empregos temporários constituídos no último trimestre de 2024”, disse William Kratochwill, analista da pesquisa.
Recorde de carteira assinada
Já os trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiram patamar recorde (39,6 milhões), registrando crescimento de 0,8% em relação ao trimestre anterior e de 3,8% ante igual trimestre do ano passado.
A massa salarial real dos trabalhadores também atingiu recorde, indo para R$ 3.426, crescimento de 3,2%. Já a soma das remunerações de todos os trabalhadores atingiu R$ 349,4 bilhões, o que sinaliza estabilidade no trimestre e alta de 5,9% (mais R$ 19,5 bilhões) no ano.
Informalidade cai
A informalidade registrada no período caiu para 37,9%, o equivalente a 39,2 milhões de trabalhadores. O índice ficou abaixo dos 38,3% registrados no trimestre móvel anterior e dos 38,7% na mesmo trimestre do ano passado.
A queda da informalidade é consequência na alta dos trabalhadores com carteira assinada, de acordo com a PNAD.
“O mercado de trabalho apresentando níveis mais baixos de subutilização da população em idade de trabalhar, como vem acontecendo, naturalmente impulsiona as contratações formalizadas, uma vez que a mão de obra mais qualificada exige melhores condições de trabalho”, destacou William.