O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) e a Petrobras iniciam no próximo domingo (24) a APO (Avaliação Pré-Operacional) para perfuração na Foz do Amazonas — que fica no litoral do Amapá, na Margem Equatorial, e é considerada a nova fronteira para exploração de petróleo no país.
A APO é a última etapa do processo de licenciamento ambiental para a exploração da região.
Trata-se, basicamente, de um simulado para testar se os planos de emergência e proteção à fauna da Petrobras — a serem utilizados em caso de acidentes durante a perfuração — são exequíveis.
O teste é coordenado pelo Ibama, que elaborará um acidente hipotético, baseado nos aspectos do plano a serem testados.
Como a Petrobras precisa estar preparada para qualquer cenário, não conhece os detalhes do teste ou seu tempo de duração.
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A companhia, contudo, projeta que a APO dure entre três e quatro dias.
Por meio da simulação da ação de resposta ao acidente, o Ibama avaliará aspectos como a eficiência dos equipamentos, agilidade, cumprimento dos tempos de atendimento à fauna previstos e comunicação com autoridades e partes interessadas.
A sonda de perfuração NS-42 — que seria utilizada na perfuração do bloco FZA-M-59 — chegou ao local do teste na última segunda-feira (18).
O exercício envolverá mais de 400 pessoas e contará com embarcações de grande porte, helicópteros, além da própria sonda NS-42.
Esse procedimento é semelhante ao realizado, em 2023, no offshore do Rio Grande do Norte, antes da licença de perfuração dos poços Pitu Oeste e Anhangá.