O Ibovespa engata nova alta nesta segunda-feira (3) e supera a marca dos 150 mil pontos pela 1ª vez na história, com investidores focados na temporada de balanços e à espera da decisão de juros pelo BC (Banco Central), na quarta-feira (5).
Na cena internacional, bolsas operam sem direção definida, com altas na Europa e cenário misto em Nova York.
Por volta das 13h, o Ibovespa subia 0,46%, aos 150.215 pontos, dando sequência a quebra de recordes registrada desde a semana passada.
A partir desta segunda-feira, a bolsa amplia em 1 hora o horário de negociação, acompanhando o fim do horário de verão nos Estados Unidos. Assim, não haverá after-market para o mercado de ações, exceto em dia de vencimento de opções.
Na mesma hora, o dólar perdia 0,27% contra o real, negociado ao redor de R$ 5,359 na venda. O movimento destoa do fortalecimento da moeda norte-americana no cenário global, com o índice DXY operando com avanço de 0,13%.
À espera do Copom
Mais cedo, o Boletim Focus mostrou nova queda das expectativas da inflação pelo mercado neste ano, caindo de 4,56% para 4,55% — na sexta redução seguida. O número se aproxima do teto da meta perseguida pelo BC, de 4,5%. O centro da meta é de 3%, com 1,5 ponto para mais ou para menos.
Para 2026, a previsão se manteve em 4,2%.
Os dados saem às vésperas da penúltima reunião de 2025 do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC, que inicia nesta terça (4), com resultado divulgado na quarta, após às 18h30.
A aposta do mercado está na manutenção dos juros em 15%, com a atenção voltada ao recado do colegiado sobre possíveis pistas para o início do ciclo de queda da Selic a partir do primeiro trimestre de 2026.
Na pauta de balanços do terceiro trimestre, BB Seguridade e TIM publicam seus números após o fechamento do mercado. O destaque da semana, contudo, fica com a Petrobras, que divulga seus dados na quinta-feira (6).
Tariaço e acordos
No exterior, o shutdown dos EUA impõe cautela e tende a impedir a divulgação do payroll, previsto para sexta-feira (7). Este é o indicador de emprego favorito do Fed (Federal Reserve) e importante balizador das expectativas dos investidores para a trajetória dos juros dos EUA.
O governo brasileiro discute internamente como vai propor a Donald Trump um acordo, e o que vai incluir, com vistas às próximas reuniões de negociação para solucionar o tarifaço.
Uma delas pode ocorrer nesta semana, em Washington, nos Estados Unidos.

