A alta do Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) desacelerou em linha com o esperado em agosto, devido à queda nas commodities aos produtores e dos preços aos consumidores, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (06).
O IGP-DI subiu 0,12% em agosto, depois de avanço de 0,83% no mês anterior, em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,11%. O resultado levou o índice a subir 4,23% em 12 meses.
“Em agosto, a inflação ao produtor apresentou desaceleração significativa.
A queda nos preços de commodities importantes, como minério de ferro e soja, foi determinante para a desaceleração da inflação entre os produtos agropecuários e industriais”, disse André Braz, coordenador dos índices de preços.
No período, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do indicador geral, desacelerou para uma alta de 0,11%, após subir 0,93% no mês anterior.
No IPA, a queda nas Matérias-Primas Brutas foi o maior destaque de agosto, caindo 0,47% no mês, ante alta de 1,54% em julho.
Sendo que as principais contribuições para esse movimento foram dos itens minério de ferro (1,34% para -6,28%), soja em grão (0,59% para -2,03%) e leite in natura (5,27% para 0,65%).
Braz ainda destacou o resultado no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – que responde por 30% do IGP-DI – como um fator para o índice geral. O IPC teve queda de 0,16% em agosto, após subir 0,54% em julho.
Quatro das oito classes de despesa que compõem o índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (3,48% para -0,60%), Habitação (0,61% para -0,40%), Despesas Diversas (1,84% para 0,45%) e Transportes (1,09% para 0,82%).
O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, teve alta de 0,70% em agosto, de 0,72% antes.
O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.