O Inter, em relatório assinado por sua economista-chefe, Rafaela Vitória, na quarta-feira (17), elevou sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, de 1,8% para 2,1%.
O dado é puxado pela revisão da projeção do crescimento do PIB no segundo trimestre, de 0% para 0,4%. “Apesar dos sinais de desaceleração da indústria, a atividade surpreendeu com dados melhores entre abril e maio, principalmente nos setores de serviços, incluindo o comércio”, explica o relatório.
O material ainda destaca que o consumo das famílias segue robusto, com o aumento das transferências de renda no primeiro semestre. Também menciona o aquecimento do mercado de trabalho, que tem taxa de desemprego nas mínimas históricas e massa salarial recorde.
Todavia, de acordo com o relatório, o crescimento maior da economia vem atrelado a um elevado custo de deterioração fiscal — que segue como principal risco no cenário doméstico, para a instituição.
Outro destaque do relatório é a revisão da projeção do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) para este ano, de 4,3% a 4,2%. “Após reaceleração entre abril e maio, a inflação voltou a dar sinais de tendência de queda, ainda que lenta”, justificou.
As projeções para a Selic foram mantidas: em 10,50% para 2024 e 9,5% em 2025. O Inter crê que a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) vai manter a taxa a 10,5% ao ano, em uma nova votação consensual.
“Para 2025, com o aperto monetário mais prolongado e a resultante desaceleração da atividade, a inflação tende a voltar em tendência de queda e o Banco Central pode reavaliar a retomada do ciclo de afrouxamento monetário”, indica sobre o ano que vem.
Fonte: CNN.