Maior disposição para consumir e melhores condições. Estes dois fatores impulsionam o mercado de espumantes e o desempenho de companhias como é o caso da Moët Henessy, multinacional que produz rótulos tradicionais como o Chandon. A diretora-geral da empresa no Brasil, Catherine Petit, faz uma síntese e diz que a performance do mercado está atrelada ao Produto Interno Bruto (PIB).
“Somos muito burbulha e borbulha é muito atrelado ao PIB. Então, quando a atividade está indo bem, todos estão comemorando. Quando as coisas não estão boas, cai um um pouco”, disse a executiva em entrevista a imprensa.
Petit retornou para o Brasil em 2020. Antes, a diretora atuou à frente dos mercados da África e do Oriente Médio, visitando também a matriz da empresa em Paris, na França. Contudo, a experiência com o mercado brasileiro é anterior, com sua chegada ao país em 2001.
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Em sua avaliação, o Brasil carrega um grande potencial para investimentos e é um exemplo na América Latina. Considera ainda que os investidores estrangeiros estão enxergando com bons olhos o ambiente de negócios interno, com instituições sólidas e uma democracia consolidada.
A Moët Henessy faz parte do grupo LVMH, uma holding francesa especializada em artigos de luxo e formada pela fusão de Moët & Chandon e Hennessy, além da gigante da moda Louis Vuitton.
No Brasil, mais de 50% da empresa vem através das vendas de espumantes e champagnes, mas a ideia é apresentar aos consumidores outros rótulos do portfólio da empresa, assim como trazer novos produtos.
“Um dos objetivos quando retornei ao Brasil foi tentar comunicar o portfólio mais abrangente que temos, incluindo vinhos, destilados… o que permite também mostrar mais complementariedade e versatilidade. […] Estamos trazendo novas marcas de destilados que existem lá fora. A última novidade é nossa tequila. Trazer esse produto para o Brasil é um desafio, porque não tem essa percepção tão boa, mas é de alta qualidade”, explica Petit.
A diretora-geral da companhia comentou ainda sobre os resultados alcançados no mês de setembro e as expectativas para as datas comemorativas, o Natal e o Ano Novo. Segundo ela, 2024 teve um início tímido, mas houve evolução ao longo dos meses.
“Não sei se vamos atingir as metas, mas tivemos um mês excepcional em setembro. Torcemos para que outubro seja bom também. Estou muito orgulhosa do meu time. Implementamos uma nova estratégia. Olhando para nós e torcendo para que possamos mostrar o potencial do Brasil”, conclui.