O ouro fechou em alta de mais de 1% nesta quinta-feira (11) e atingiu nova máxima histórica, apoiado pelas tensões no Oriente Médio e pelos dados da inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) norte-americana em março, que desacelerou além do esperado, no índice cheio, e atenuou parte das preocupações sobre cortes de juros mais tardios nos EUA.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em alta de 1,03%, a US$ 2.372,70 a onça-troy (cerca de 30 gramas).
Nesta quinta-feira, circularam notícias de que o Irã suspendeu, nos minutos finais, uma ofensiva que faria contra Israel em retaliação aos ataques israelenses ao consulado iraniano. Mesmo temendo um conflito regional com participação dos Estados Unidos, o Irã segue vigilante e pode contra-atacar.
Além disso, o Citigroup disse — após o PPI dos EUA avançar 0,2% em março, contra previsão de 0,3% ao mês — que o dado divulgado nesta quinta registrou pressões menores em setores importantes para a inflação do índice de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), principal medida utilizada pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Com isso, um corte de juros segue sendo possível em junho, afirma o banco.
A Oxford Economics, por sua vez, avalia que o momento permite uma “prudente realização de lucros” no ouro.
A consultoria avalia que a recente escalada do ouro tem sido acompanhada por fatores que jogam contra a commodity, como juros ainda elevados, dólar fortalecido e uma participação fraca no varejo.
Na parte final do ano, todos esses três elementos devem se atenuar, jogando a favor dos preços já elevados do ouro.
Segundo análise do Sucden Fiancial, as fortes compras por parte dos bancos centrais e a procura sustentada por investidores individuais continuam apoiando o ouro de forma sólida.