O ouro fechou em alta, apoiado pelo enfraquecimento dos juros dos Treasuries e do dólar no exterior, após rodada de dados divergentes dos Estados Unidos.
Segundo analistas, possíveis cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) podem estender o rali do metal precioso, mas o cenário global incerto pode limitar ou reverter esses ganhos.
O metal para agosto fechou em alta de 1,01%, em US$ 2.336,60 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
O ouro ganhou atratividade neste pregão, após dados divergentes dos EUA fortalecerem expectativas de cortes de juros pelo Fed em setembro.
Particularmente, pesou sobre o mercado o número de pedidos de auxílio-desemprego, que caíram no ritmo semanal, mas avançaram ao maior nível desde 2021 no total de pedidos continuados.
Para a Pantheon, o enfraquecimento do mercado de trabalho deve ganhar forma nos próximos meses, obrigando o Fed a agir.
Analista de Energia e Macroeconomia da Hedgepoint Global Markets, Victor Arduin avalia que, se concretizados, os cortes devem impulsionar os preços do ouro a um novo rali, com a commodity já favorecida pelo cenário econômico global incerto.
Entretanto, a Capital Economics pondera que justamente este cenário deve prejudicar o preço de commodities, especialmente de metais como ouro e cobre.
A consultoria britânica prevê que os preços podem reverter o curso atual a partir do segundo semestre de 2024 até 2025, conforme a demanda global recue e a atividade econômica da China desacelere – uma visão que a Capital reconhece estar fora do consenso do mercado.
Em nota, o TD Securities afirma que os dados do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), divulgados na sexta, serão decisivos para os preços do ouro.
No pior cenário, o ouro ainda terá nível de resistência em US$ 2.208 por onça-troy, apoiado pela demanda forte no mercado físico graças a compras por bancos centrais e investidores da Ásia, prevê o banco de investimentos.
Fonte: CNN.