A petroleiras Petrobras, ExxonMobil, Chevron e CNPC arremataram 19 dos 47 blocos exploratórios de petróleo e gás ofertados na Bacia da Foz do Amazonas em leilão de concessão realizado pela reguladora ANP nesta terça-feira (17), por um bônus de assinatura total somado de R$ 844 milhões a ser arrecadado pelo governo.
Os lances das companhias globais por blocos na bacia considerada uma nova fronteira exploratória no Brasil foram feitos apesar dos desafios socioambientais e da resistência de ambientalistas, enquanto a Petrobras aguarda há anos aprovação do Ibama para operar na área.
Alguns analistas tinham manifestado dúvidas se petroleiras fariam lances por áreas na Bacia da Foz do Amazonas, diante das dificuldades da Petrobras para obter licença ambiental para perfurar a região.
Mas um avanço da petroleira estatal para a última etapa no processo de licenciamento, que inclui a possibilidade de um simulado de contra vazamentos de petróleo em águas ultraprofundas do Amapá, elevou a atratividade do leilão, na avaliação da indústria.
“A Petrobras já está lá, mas agora com a chegada dessas novas empresas, um novo impulso da indústria de petróleo do Brasil (será dado)”, afirmou o diretor de Atração de Investimento da Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá (Agência Amapá), Antônio Neto, à Reuters.
“Nós vamos ter ali um mapa colorido no litoral do Amapá com várias logomarcas (de petroleiras)”, acrescentou Neto.
As áreas na Bacia da Foz do Amazonas têm atraído o interesse de petroleiras pela geologia semelhante à registrada em descobertas na Guaiana, cuja produção de petróleo avançou nos últimos anos, inclusive com a atuação da ExxonMobil, que foi uma das ganhadoras no leilão da ANP.
Um consócio liderado pela Petrobras em parceria com a ExxonMobil arrematou cinco blocos, enquanto outro liderado pela companhia norte-americana em parceira com a estatal brasileira levou outros cinco.
A norte-americana Chevron adquiriu em consórcio nove blocos em parceria com a chinesa CNPC.