A Petrobras reduziu, a partir de 1º de julho, o valor da gasolina vendida para as distribuidoras. A Refinaria da Amazônia (Ream) também anunciou redução do valor de venda. O preço do combustível em Manaus, no entanto, não só deixou de acompanhar a redução, como também aumentou R$ 0,30, de R$ 5,99 para R$ 6,29.
Considerando que a mistura obrigatória para comercialização da gasolina dos postos é de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro, a parcela da Petrobras no preço do combustível ao consumidor será, em média, de R$ 1,84 a cada litro vendido na bomba.
Com isso, o combustível sofreu redução de R$ 0,14, chegando ao valor de R$ 2,52 por litro na maior parte do Brasil. O valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e revenda.
A redução, segundo o Petrobras, “visa garantir competitividade em relação às outras opções de fornecimento e a participação de mercado necessária para otimizar os ativos de refino, de forma a equilibrar as demandas tanto em mercado nacional quanto internacional”.
A justificativa da Ream, em nota, baseia-se também nos mesmos critérios da Petrobras, mas os postos de combustível cobram um valor acima. A refinaria, privatizada pelo ex-presidente Bolsonaro, afirma que segue critérios objetivos e transparentes de paridade internacional, que são ajustados e divulgados aos distribuidores semanalmente conforme variações dos preços do petróleo e seus derivados no mercado internacionais.
“A Refinaria da Amazônia (Ream) informa a redução para as distribuidoras nos preços médios da gasolina A em 4,13%, saindo de R$ 2,78 para R$ 2,66; do diesel em suas diversas modalidades, entre 4,29% (R$ 3,14) e 4,41% (R$ 3,06), e do GLP em 3,9% (queda de R$ 0,10 por kg). Os ajustes da gasolina e do diesel são válidos a partir desta sexta-feira (30); e o GLP, a partir deste sábado (1º). Esta é a terceira redução seguida da Ream no preço da gasolina A no mês de junho”, informou a nota.
A partir de um estudo do Observatório Social do Petróleo (OSP), o Brasil de Fato mostrou que o botijão vendido na refinaria do Amazonas é 37% mais caro que o das controladas pela Petrobras. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Manaus tem o preço médio da gasolina comum mais caro do Brasil, entre as capitais.