O Pix, sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central (BC), deve impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em R$ 280,7 bilhões até 2028, segundo o Relatório de Impacto Econômico e Inclusão Financeira, desenvolvido pela ACI Worldwide em parceria com a The Centre For Economics and Business Research.
Segundo o estudo, o valor é equivalente a 2,41% do PIB do Brasil combinado ou a produção de 2,5 milhões de trabalhadores.
Vale dizer que no último ano, os pagamentos em tempo real contribuíram para um incremento de R$ 138,3 bilhões no PIB brasileiro, o equivalente a 1,32% do PIB combinado ou a produção de 1,3 milhão de trabalhadores, segunda traz o relatório.
De acordo com o levantamento, o Brasil lidera o ranking de países da América Latina, que mais se beneficiaram da adoção da tecnologia.
Em segundo lugar, está o México (US$ 12,8 bilhões até 2028), seguido por Argentina (US$ 19,3 bilhões até 2028), Chile (US$ 740 milhões até 2028) e Peru (US$ 376 milhões até 2028).
Segundo o relatório, atualmente, somente o Brasil é responsável por 75% de todas as transações em tempo real da América Latina.
Além disso, o estudo mostra o impacto do uso do Pix na inclusão financeira, isso porque é esperado um aumento de 2,8 milhões de novos correntistas até 2028.
“A conexão entre pagamentos em tempo real e inclusão financeira, deve desencadear ainda mais inovação entre fintechs e instituições, criando novas experiências e oportunidades para o conjunto crescente de usuários”, destaca Vlademir Santos, head no Brasil da ACI Worldwide.
A nível mundial, estima-se que pagamentos em tempo real possam gerar um acréscimo adicional de US$ 285,8 bilhões no PIB global, equivalente ao trabalho de 16,9 milhões de trabalhadores, além de criar 167 milhões novos titulares de contas bancárias até 2028.