A Temu, marketplace chinês do grupo Pinduoduo e rival de outras plataformas como Shein e Shopee, estreou no Brasil nesta quinta-feira (6). O início das vendas no país vem um dia depois do Senado aprovar imposto de 20% sobre importados até US$ 50.
O site, que antes não estava disponível na região, já está em funcionamento para os clientes com descontos de até 90% e frete grátis.
Para comemorar o lançamento, outros benefícios também foram oferecidos, como três cupons diferentes: 9% de desconto em compras de R$ 175, 14% de desconto em compras de R$ 250 e 13% de desconto em compras de R$ 400.
Os preços variam entre menos de R$ 5 e R$ 900, mas alguns destaques de preços mais baixos são:
- Massageador manual por R$ 33,83
- Conjunto de pijama casual de cetim por R$ 46,67
- Mini projetor portátil por R$ 138,57
- Conjunto de 24 recipientes à prova de vazamentos por R$ 246,87
A Temu também está estabelecendo um pedido mínimo de R$ 65 para cada compra, que inclui o ICMS estadual de 17%, segundo comunicado da companhia.
Todos os pacotes estão sendo entregues pelos Correios com frete grátis, e a Temu também oferece R$ 10 de crédito caso haja atraso na entrega.
A plataforma aceita Apple Pay, PayPal, Pix, boleto e todos os principais cartões de crédito, com parcelamento em até 6x sem juros.
Senado aprova taxação de compras até US$ 50
O Senado aprovou nesta quarta-feira (5) o projeto de lei que, entre outros pontos, estabelece taxação de compras internacionais de até US$ 50.
A votação da taxação dos importados — incluído como jabuti no projeto de lei do Mover — foi simbólica. Mais cedo, o texto-base do Mover foi aprovado no plenário por 67 votos favoráveis e nenhum voto contrário. Como a redação original do PL foi alterada, o texto retorna à Câmara dos Deputados.
O projeto de lei em análise cria o programa de Mobilidade Verde (Mover), que trata de incentivos à indústria automotiva. O dispositivo sobre taxação de importações até US$ 50 foi incluído na Câmara, e é considerado um “jabuti” entre os parlamentares — quando trechos estranhos ao texto original são incluídos em uma proposta.
No Senado, o relator da proposta, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), chegou a retirar o trecho do projeto. O parlamentar afirmou que o tema das importações “não guarda relação com o programa Mover”. “Entendemos que a tributação na forma sugerida vai na contramão dos regimes existentes em outros países”, pontuou Cunha no parecer divulgado na terça (4).
A ação de Cunha pegou parlamentares de surpresa, que defendiam o texto conforme o acordo firmado na Câmara dos Deputados. Na noite de terça, Jaques Wagner, líder do governo no Senado, afirmou que o governo não foi informado previamente sobre a mudança feita por Cunha no relatório.