A Toyota terá seu primeiro presidente brasileiro no mercado nacional. Evandro Maggio substitui o peruano Rafael Chang, que passa a ser o CEO da montadora para América Latina e Caribe.
Já o CEO anterior na região, o japonês Masahiro Inoue, foi nomeado presidente da Daihatsu Motor, divisão da fabricante que produz automóveis compactos e caminhões de pequeno porte. Ele está de mudança para Tóquio.
“Apesar de tantas turbulências políticas e econômicas, trabalhando firme com vocês, pude fazer tantos amigos”, afirmou Inoue em comunicado enviado aos funcionários. Ele é chamado de Massa pelos colegas do Brasil.
As mudanças foram confirmadas pela Toyota nesta terça-feira (13). A produção nacional teve início em 1958, com o jipe Land Cruiser, que foi rebatizado como Bandeirante no país.
Maggio está na Toyota desde 2005, onde começou na área de pós-venda. Em 2012, assumiu as divisões de “demand & supply” (demanda e oferta), marketing e planejamento de preço.
Os anos seguintes foram marcados pela crise econômica, e o executivo teve de voltar ao setor de pós-venda em 2015. Ele também ficou à frente da área de desenvolvimento da rede concessionária. Naquele ano, os emplacamentos de veículos registraram queda de 26,5% em relação a 2014.
Em 2017, Evandro Maggio foi para a sede da Toyota, no Japão. Sua nova função foi planejar o lançamento de automóveis da marca Lexus, divisão de luxo da montadora.
O retorno ao Brasil ocorreu em 2019, quando o executivo se tornou diretor de recursos humanos, administração e TI. No ano seguinte, passou a ser o responsável pelas áreas de compras e de pesquisa e desenvolvimento -cargo que deixa para assumir a presidência da empresa no país.
“Evandro é pai de duas meninas e apaixonado por esportes, viagens e culinária”, diz o perfil publicado no site da Toyota do Brasil.
O novo presidente estará à frente das três fábricas localizadas no interior de São Paulo, nas cidades de Indaiatuba, Sorocaba e Porto Feliz. Ao todo, a montadora emprega cerca de 6.000 pessoas.
Inaugurada em 1962, a unidade de São Bernardo do Campo (ABC) -que foi a primeira da empresa fora do Japão- teve as atividades encerradas no ano passado. As últimas peças foram produzidas em novembro.