Manaus (AM) – O ex-menino de rua e atleta que despontou pelo Estado do Amazonas para o mundo, Alan Patrick da Silva Alves, ou Alan Nuguette, foi homenageado com a Medalha de Ouro, nesta quinta-feira (18), às 13h30, no plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM), localizada na avenida Padre Agostinho Caballero Martin, 850, Santo Antonio, Zona Oeste.
“Vem forte que eu sou do Norte, esse é meu slogan. Diversas vezes foi o nome do Amazonas que levei para as minhas lutas no UFC, pois foi este Estado que me acolheu e me ensinou a lutar ainda mais pelo meu propósito. Hoje tenho uma família e moro com eles nos Estados Unidos e sempre serei grato a Manaus e ao Amazonas. Quero agradecer também ao nosso presidente Caio André, que sabe que minha vida é um corre sem fim e que agendou a entrega da Medalha na Câmara”, disse Nuguette.
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Alan veio a Manaus rapidamente para tratar de projetos e aproveitar para rever amigos e fazer algumas palestras nos projetos sociais apoiados pelo Instituto Amigos do Alan Nuguette.
A Medalha de Ouro é uma propositura feita pelo ex-vereador de Manaus, Elias Emanuel (PSDB-AM) e será outorgada pelo presidente da Casa, vereador Caio André (PSC).
“O Alan Nuguette é um exemplo de quem conseguiu vencer suas próprias barreiras com muito esforço. Ele tem caráter de guerreiro, mas para quem alcançou o topo onde ele se encontra hoje, durante toda a carreira dele como lutador, não se satisfez com os títulos e hoje utiliza toda sua experiência para ir à caça de novos talentos e oferecer oportunidades aos jovens que tanto precisam. Por isso, penso, que esse reconhecimento da Câmara Municipal é uma homenagem mais do que digna para alguém que tem a responsabilidade social”, pontuou o ex-vereador Elias Emanuel e propositor da Medalha.
Trajetória
A história de vida do atleta de alto rendimento peso-leve, Alan Nuguette poderia ser totalmente diferente. Ele, nascido em Jacaraí, no interior de São Paulo, cidade a qual ele não conhece, viveu a vida em uma família extremamente pobre e desestruturada.
“Minha mãe saiu de casa e fiquei morando em uma casa só de um cômodo com meus irmãos. Infelizmente, a miséria era o nosso dia a dia, mas eu sempre acreditei que poderíamos conseguir mais. A bebida e a violência dentro de casa fizeram eu ir para as ruas, trabalhar como engraxate, daí meu apelido Nuguette (nome da graxa) e depois viver como mendigo nas ruas de Brasília”, disse Alan.
Foi por meio do esporte que Alan foi resgatado das ruas. A capoeira fez com que ele mudasse a visão dele de morar nas ruas e posteriormente a vinda para Manaus para começar no jiu-jítsu e começar a sonhar em ir para o UFC tudo mudou na vida.
“No auge da minha carreira sofri um acidente no tatame e tive que fazer uma cirurgia complicada no joelho, para muitos atletas isso poderia ser o fim da carreira, mas eu disse que se eu conseguisse iria honrar todos os que me ajudaram e sou grato ao senhor Beto que me ajudou e me ajuda até hoje e foi depois dessa cirurgia que consegui ir para o UFC”, fala.
Ser grato é a marca registrada desse atleta, todas as empresas que patrocinaram em algum momento o Alan no passado, hoje abraçam o Instituto Amigos do Alan Nuguette, que hoje somente no Amazonas tem uma abrangência de apoiar quase 2 mil meninos e meninas em 17 municípios, além dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e o Distrito Federal. No ano passado o próprio UFC fez essa homenagem a ele no card do RJ.
*Com informações da assessoria