O Brasil chegou à terceira derrota consecutiva nas Eliminatórias para a Copa do Mundo pela primeira vez na história, após ser superado por 1 a 0 pela Argentina na última terça-feira (21), no estádio do Maracanã. Com este revés, marcado por confusão nas arquibancadas e pouca inspiração no campo, a Seleção Brasileira passa a ocupar a 6ª posição da classificação, com sete pontos.
Para a Argentina, que contou com Lionel Messi no 11 inicial, provavelmente na última partida oficial no Maracanã, a vitória representou a manutenção da liderança dos atuais campeões do mundo na classificação, com 15 pontos.
Fernando Diniz chega a seis jogos à frente do Brasil e amarga oito recordes negativos. Foram 22 anos sem perder três partidas consecutivas, a primeira vez a conseguir o feito nas Eliminatórias, inclusive com a primeira derrota em casa e, nas rodadas iniciais, já ultrapassou o número de gols sofridos em toda a última edição, ainda sob o comando de Tite.
Antes disso, a Seleção Brasileira estava há oito anos sem uma derrota nas Eliminatórias, nunca havia perdido duas partidas seguidas, além de também não saber o que é perder para Colômbia e Uruguai na competição, como aconteceu nas rodadas quatro e cinco.
O jogo
Voltando a apostar em uma formação com apenas dois homens no meio e quatro atacantes, sem Vinícius Júnior e Neymar, lesionados, a equipe comandada pelo técnico Fernando Diniz começou a partida com ímpeto defensivo e na disputa pelo meio de campo.
Com isso, o que se viu na primeira etapa foi uma partida com poucas oportunidades de cada lado. A melhor delas foi justamente do Brasil, aos 43 minutos, em chute da entrada da área de Gabriel Martinelli.
Após o intervalo o confronto continuou equilibrado e com muitas faltas, mas a Argentina conseguiu chegar ao gol da vitória em jogada de bola parada. Aos 17 minutos do segundo tempo, Lo Celso cobrou escanteio e Otamendi subiu para ganhar no alto e cabecear com precisão.
A situação da Seleção complicou-se de vez aos 36 minutos, quando Joelinton foi expulso após dividir bola com De Paul e o juiz entender que o brasileiro acertou o argentino no rosto, considerando agressão em jogada semelhante a que Gabriel Jesus levou cartão amarelo, na primeira etapa.
Diante de um panorama tão negativo, parte da torcida brasileira presente começou a expor a insatisfação ao cantar “time sem vergonha” e sair do estádio antes do apito final.