A Confederação Brasileira de futebol (CBF) e a Federação Amazonense de Futebol (FAF) anunciaram na terça-feira (6) a Copa da Floresta, competição que começa na segunda quinzena de agosto, no Careiro Castanho (à 86 Kms de Manaus), e pretende reunir povos primitivos do interior do estado do Amazonas. A competição contará com ligas filiadas à FAF, com a participação de 36 cidades.
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O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, recebeu na sede da entidade, a diretoria da FAF, para anunciar o apoio e a parceria ao campeonato. Rodrigues destacou que a união de CBF e AFA em torno da Copa da Floresta reforça o propósito de inclusão de todos os povos.
“Quando estive em setembro do ano passado no Vaticano, com o Papa Francisco, falamos da importância de trazer para o esporte aqueles que são colocados como excluídos. Este é um campeonato que une os povos primitivos e é um aquecimento para a competição indígena. É um momento importante e a CBF tem um prazer muito grande de dar apoio a essa competição. E estaremos lá para prestigiar a final”, Rodrigues.
Rodrigues ressaltou ainda a satisfação da CBF em anunciar a parceria e elogiou o trabalho da atual gestão da FAF. “A Federação Amazonense de Futebol, em sua nova gestão, está buscando um trabalho muito parecido com o que a CBF tem feito. Quando colocamos o apoio da entidade na Copa da Floresta, que é uma competição de inclusão, cumprimos o papel da CBF de dar voz e espaço no futebol a todas as pessoas, independentemente de sua condição ou lugar onde vivem”.
Careiro Castanho sediará abertura
A abertura da Copa da Floresta será no estádio Antônio Afonso Jacob de Souza, o Afonsão, na cidade de Careiro Castanho, a 86 km de Manaus. O estádio tem uma configuração bastante peculiar por estar em uma ilha no meio do rio. O que leva os gandulas muitas vezes, por conta da disputa com chute mais forte, a ter que buscar a bola na água.
A final da competição ainda será definida e dependerá da localização dos times, por conta da logística do estado, onde as distâncias, por conta da geografia, podem levar dias de diferença de uma localidade para outra.
“A Copa da Floresta vai reunir os povos primitivos do Amazonas e é o início de um projeto maior, que é a Copa Indígena, a Copa de Povos Originários. Vamos envolver seleções do estado inteiro em uma Copa que tem as maiores dimensões geográficas talvez do mundo. O principal papel é integrar o homem primitivo, do interior, que nasceu protegendo a floresta e que é o verdadeiro defensor da floresta de pé, e trazer estas pessoas para o mundo do futebol e para a nova visão que a CBF e a FAF têm de valorização dos povos primitivos e originários”, disse o presidente da FAF, Ednailson Leite Rozenha.
Rozenha ressaltou a grande presença de povos originários no Amazonas e citou como exemplo o município de São Gabriel da Cachoeira (distante 857 kms da capital) e suas 23 etnias. “Esta competição é uma espécie de ensaio a Copa Indígena, de proporções mundiais no Amazonas e que também é um dos objetivos do presidente da CBF”, afirma.
Integração do futebol brasileiro
Rozenha exaltou a sensibilidade do dirigente da CBF em saber da importância que o Amazonas tem na integração do futebol brasileiro. “O presidente traz oportunidades para quem realmente quer praticar esporte, praticar o futebol. Vamos fazer de tudo por uma Copa maravilhosa”, concluiu.
Ao final do encontro, Ednaldo Rodrigues presenteou o presidente da FAF e membros da diretoria da federação com camisas oficiais da Seleção Brasileira de Futebol e também a camisa que marca a luta da CBF no combate ao racismo, com o slogan ” Com racismo não tem jogo”.
*com informações da assessoria