A fase final da 16ª edição das Paralimpíadas Escolares está oficialmente aberta e as primeiras disputas das modalidades esportivas já estão ocorrendo nesta quarta-feira (29), em São Paulo. Nesta etapa final, o Amazonas conta com 31 paratletas participantes, com o objetivo de superar o recorde de trinta e quatro medalhas conquistadas na última edição, em 2022.
A solenidade de abertura da competição aconteceu na noite de terça-feira (28), no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, local onde treina a seleção brasileira paralímpica. A competição, que conta com a participação de todos os estados do Brasil, além do Distrito Federal, é uma das maiores do mundo no paradesporto escolar.
Os paratletas do Amazonas disputarão a fase final das Paralimpíadas Escolares 2023 em cinco modalidades: atletismo, natação, badminton, tênis de mesa e halterofilismo. No total, mais de 1,8 mil alunos de todo o país participam da competição, organizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Em São Paulo, as disputas iniciaram nesta quarta-feira (29) e seguem até a próxima sexta-feira (1º).
“O que falta para as crianças deficientes nesse país é oportunidade. Quando possibilitamos, as coisas acontecem. Nosso objetivo é que as crianças tenham contato com a atividade física, no tempo certo, que é a idade escolar”, diz o presidente do CPB, Mizael Conrado.
Abertura
Representando a delegação, um paratleta de cada estado carregou a bandeira da sua localidade na solenidade de abertura.
Pelo Amazonas, a honra foi concedida ao estudante Kauã Barbosa, que é paratleta desde 2018 e que disputa seu segundo ciclo de Paralimpíadas Escolares. Até o momento, o aluno da Escola Estadual (EE) Nathália Uchôa, zona sul de Manaus, conquistou nove medalhas em suas participações, sendo seis medalhas de ouro e três de prata.
“Eu gosto de competir e não faço só para ganhar não, faço para dar o meu melhor. O importante é evoluir e superar minhas próprias limitações”, afirma Kauã, que tem 17 anos e está em sua última competição escolar, por conta da idade.
Presente na solenidade de abertura, o pai e também treinador do Kauã, Marcio Souza, falou sobre a importância da sociabilidade possibilitada pelas competições do paradesporto.
“É uma emoção muito grande ver meu filho tendo esse momento. Meu único arrependimento é ele não ter começado antes. Ele, que vive em uma cadeira de rodas, muitas vezes vive em um mundo de adultos, por precisar muito da gente. Aqui, busco deixá-lo livre, com seus amigos, e percebo ele diferente. É muito importante para ele esse momento, estamos felizes”, compartilha Marcio.
Preparação
Os últimos momentos de pré-competição também foram marcados pela realização dos congressos técnicos de cada modalidade esportiva, além das classificações de deficiência dos paratletas estreantes, ou que alteraram suas condições nos últimos meses. O teste é realizado por classificadores clínicos (fisioterapeutas, médicos, enfermeiros) ou técnicos (profissionais da Educação Física), e serve para a promoção de uma disputa mais justa entre os esportistas.
O paradesporto amazonense vem de uma trajetória antiga, mas tínhamos menos atletas com a gente. Esse ano, viemos de números recordes, e isso é reflexo das ações da Secretaria de Educação e todos esses profissionais que estão aqui. Temos uma equipe multidisciplinar, com médicos, profissionais da Educação Física e comunicação. O Amazonas evoluiu”, destaca o chefe da delegação amazonense, Joniferson Vieira. O ex-atleta também é professor da rede estadual de ensino.
Dos 31 paratletas amazonenses, 25 são oriundos da rede estadual, e viajam com apoio integral do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar.
*Com informações da assessoria