O ex-jogador de futebol Robson de Souza, conhecido como “Robinho”, condenado por participação em um estupro coletivo ocorrido na Itália em 2013, foi transferido, nesta segunda-feira (17) para o Centro de Ressocialização (CR) de Limeira, interior de São Paulo.
O ex-atacante do Milan estava cumprindo pena na Penitenciária 2 de Tremembé, conhecida como o “presídio dos famosos”.
A informação foi confirmada à imprensa pelo SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) que afirmou, em nota, que a transferência foi feita após um pedido da defesa do próprio Robinho.
Em setembro, o STJ (Superior Tribunal de Justiça), já havia recusado o recurso dos advogados do ex-atleta, que pedia o recálculo da pena cumprida no Brasil. Um outro recurso da defesa foi analisado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que com placar de 10×1 rejeitou o habeas corpus da defesa e manteve a prisão do jogador.
Robinho estava preso desde 2024 em Tremembé, presídio conhecido por ser o destino de detentos envolvidos em crimes de grande repercussão nacional. Além do atleta, o complexo prisional que conta com 5 unidades já abrigou Cristian Cravinhos, Alexandre Nardoni, Suzane von Richthofen, Anna Carolina Jatobá, Fernando Sastre e Ronnie Lessa. O nome da penitenciária voltou à mídia após o lançamento da série “Tremembé”, que conta a história dos criminosos na prisão.
Procurada pela imprensa, a defesa de Robinho não se manifestou até o momento.
Relembre o caso
Ídolo do Santos com passagens por Seleção Brasileira, Atlético, Real Madrid, Manchester City e Milan, Robinho foi acusado de participar de um estupro coletivo. O crime ocorreu em uma boate italiana, em 2013. Na época, Robinho atuava pelo Milan, na Itália.
Durante as investigações, a justiça italiana interceptou uma série de ligações telefônicas entre o ex-atleta e amigos, também acusados e condenados pelo mesmo estupro. Nas gravações, Robinho e amigos fazem piada da situação, acreditando que estariam livres da punição.
Segundo as investigações, Robinho e amigos estavam em uma boate em Milão, comemorando o aniversário de um deles, quando conheceram a vítima. Em uma das interceptações, Robinho diz que os amigos “rangaram” a vítima, em ato considerado pela justiça como estupro coletivo.
Como a legislação do Brasil não permite a extradição de cidadãos nascidos para cumprimento de pena em outros países, o STJ decidiu pela prisão de Robinho aqui no Brasil para cumprimento da sentença. A decisão foi endossada pelo STF.

