A renovação de Sergio Pérez foi uma das coisas mais controversas na Fórmula 1. Nada contra o mexicano, que mereceu chegar à Red Bull dadas as condições em que se desenhou o mercado ao final de 2020. Mas, atualmente, não tem entregado resultados.
Em junho, a Red Bull anunciou que o Pérez ficará — ou ficaria — até o final de 2026. Um mês após — e, até por isso, o uso da condicional na frase anterior —, a equipe estaria analisando sua continuidade no time.
Um mês depois você vai reavaliar aquilo que você cantou aos quatro cantos do planeta que seria o panorama até 2026? Será que não poderia simplesmente dizer ao mexicano que não daria para continuar desse jeito? “Obrigado por tudo. Boa sorte para o futuro”, teria dito a Pérez se fosse o chefe da Red Bull.
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Olhando para o desempenho, guiando o melhor carro dos últimos anos – ok, talvez não deste — Pérez sofreu para ser o segundo. Não podemos compará-lo com Max Verstappen, o papel do mexicano é ser segundo, pois não tem nível igual ao do holandês.
Quantas vezes vimos Pérez ficando no Q1 e Verstappen fazer a pole? O holandês vencer com mais de 20s e o mexicano no meio do bolo? Muitas.
É nítido que, esportivamente falando, Pérez não tem nível para a Red Bull. Não deveria ter renovado.
Agora, quais razões fizeram a Red Bull querer manter Pérez? Manter um segundo piloto “doutrinado”? Não seria problema encontrar no mercado. Acredito que qualquer competidor terá dificuldades contra Verstappen por ali.
O que vem a mente é o dinheiro que Pérez leva para a Red Bull. Só isso. O milhões de dólares devem fazer muita diferença para o orçamento taurino. Será? Passa-se acreditar cada vez mais que sim. Aparentemente, não há outra razão para mantê-lo.