A Haas e a Toyota anunciaram uma parceria técnica de vários anos, nesta sexta-feira (11), em uma iniciativa que levará a maior montadora do Japão de volta às corridas de Fórmula 1 pela primeira vez desde 2009.
Porém, a Haas continuará a usar unidades de potência da Ferrari, com a qual continuará trabalhando em estreita colaboração, e manterá a parceira de design de chassis com a Dallara, após concordar em julho com uma extensão de contrato até o final de 2028.Dorival celebra virada do Brasil no Chile: ‘Tentando encontrar o melhor caminho’.
A parceria com a Toyota Gazoo Racing, divisão de automobilismo da montadora, começa imediatamente com a marca nos carros pilotados por Nico Hulkenberg e Kevin Magnussen no GP dos Estados Unidos, na próxima semana, em Austin, no Texas.
A Toyota Gazoo Racing se tornará a parceira técnica oficial da Haas, visando compartilhamento de experiência, conhecimento e recursos, e fornecerá serviços de design, técnicos e de fabricação, usando a parceria para desenvolver jovens pilotos, engenheiros e mecânicos em testes de programas de carros anteriores.
Leia mais: Rafa Câmara estreia na Fórmula 3 em 2025 pela Trident
Leia mais: F1: Marko revela o que pode fazer Verstappen deixar a Red Bull
Leia mais: F1: Felipe Drugovich vai substituir Fernando Alonso no TL1 do GP do México
A Toyota, que investiu na Fórmula 1 entre 2002 e 2009 com uma equipe que não conseguiu vencer uma corrida sequer, disse que não havia planos de construir um motor ou ter uma equipe de fábrica novamente.
“Ter um líder mundial no setor automotivo apoiando e trabalhando ao lado de nossa organização, ao mesmo tempo em que busca desenvolver e acelerar a própria expertise técnica e de engenharia, é simplesmente uma parceria com benefícios óbvios para ambos os lados”, disse o japonês Ayao Komatsu, chefe da Haas.
“A capacidade de aproveitar os recursos e a base de conhecimento disponíveis na Toyota Gazoo Racing, ao mesmo tempo em que nos beneficiamos de processos técnicos e de fabricação, será fundamental para nosso próprio desenvolvimento e nosso claro desejo de aumentar ainda mais nossa competitividade na Fórmula 1.”
A Toyota atua no Campeonato Mundial de Rali e corridas de resistência, mas o presidente da empresa, Akio Toyoda, disse em uma coletiva de imprensa no circuito de Fuji que queria abrir caminho para que os pilotos japoneses pilotassem os carros mais rápidos do mundo. Ele disse que “em algum lugar no fundo do coração” sempre se arrependeu de ter bloqueado esse caminho ao tomar a decisão de abandonar a Fórmula 1.
“Dito isso, com a mídia observando cada passo meu, ouso acrescentar que ainda acredito que minha decisão como presidente da Toyota de se retirar da F1 (em 2009) não foi errada”, acrescentou.
O único piloto japonês no atual grid da Fórmula 1 é Yuki Tsunoda, um protegido da Honda que corre pela equipe RB da Red Bull e cujo futuro é incerto após o ano que vem. O presidente da Gazoo Racing, Tomoya Takahashi, espera que a parceria possa “desenvolver pilotos que possam garantir assentos regulares na F1 no futuro”.
“E não serão apenas os pilotos que enfrentarão os desafios desta vez. Os engenheiros e mecânicos da TGR também se juntarão à MoneyGram Haas F1 Team no auge do automobilismo da F1”, declarou.
A Haas, sétima na classificação atual, terá uma formação totalmente nova no ano que vem, com o francês Esteban Ocon e o novato britânico Oliver Bearman, o reserva da Ferrari que correu duas vezes nesta temporada como substituto na Ferrari e na Haas.
A Honda, que vendeu sua equipe de Fórmula 1 em 2008, retornou como fabricante de motores em 2015 e atualmente é parceira da campeã Red Bull. Em 2026, eles começarão um novo e exclusivo relacionamento com a Aston Martin. A Toyota anunciou, no mês passado, o fim do patrocínio às Olimpíadas e às Paralimpíadas.