O ato racista de um torcedor do San Lorenzo durante a partida contra o Atlético-MG pode acarretar uma punição pesada ao clube argentino. O San Lorenzo é reincidente e está sujeito a uma punição mais severa após a abertura de Expediente Disciplinar.
O clube argentino foi multado em 120 mil dólares (cerca de R$ 623 mil) pela Conmebol depois que uma torcedora fez gestos racistas em direção à torcida do Palmeiras, em jogo realizado no dia 3 de abril deste ano.
O Expediente Disciplinar da Conmebol é mandatório e está relacionado ao artigo 4º, inciso b do Estatuto da entidade, que diz o seguinte:
- Promover o futebol na América do Sul respeitando os direitos humanos, num espírito de paz, compreensão e fair play, garantindo que não haja discriminação no campo de futebol de um indivíduo ou grupo de pessoas, por razões políticas, sexo, religião, raça, origem étnica, nacionalidade ou qualquer outro motivo;
O procedimento padrão da Conmebol nesses casos é aguardar a súmula da partida e os relatos da arbitragem, comunicar os clubes envolvidos e solicitar as imagens que comprovem os atos racistas praticados.
Uma das punições cabíveis ao San Lorenzo, por ser reincidente, é a interdição parcial ou total de seu estádio, o Nuevo Gasómetro, além de multa em dinheiro.
Em entrevista concedida à jornalista Monique Vilela, em março deste ano, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, prometeu adotar a prática de tolerância zero contra o racismo em torneios da entidade.