A Procuradoria da Justiça Desportiva denunciou o Botafogo pela ação de torcedores que penduraram bonecos enforcados com o rosto da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, e do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, antes da partida entre as equipes pelo Campeonato Brasileiro, em 17 de julho, no Estádio Nilton Santos.
O clube carioca responderá pelo Artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que prevê punição de perda do mando de campo de uma a dez partidas, além de multa que pode variar entre R$ 100 a R$ 100 mil. A data do julgamento ainda não está definida.
O Botafogo veiculou nota oficial repudiando o ato, contudo, de acordo com a denúncia, o clube “não comprovou ter tomado qualquer medida efetiva de identificação e punição dos infratores”. Nesse sentido, a Procuradoria denunciou o clube alvinegro pela conduta de seus torcedores.
“Nosso primeiro ato à frente da Procuradoria-Geral do STJD foi a criação do Grupo Especial de Trabalho para enfrentamento de atos de ódio e violência nos estádios. Essa denúncia, motivada pelos bonecos enforcados dos Presidentes da CBF e do Palmeiras exibidos no estádio do Botafogo, é uma concretização da diretriz que norteará nossa gestão, que é de tolerância zero contra a violência no futebol”, destacou o Procurador-Geral Paulo Dantas.
A Itatiaia registrou o ocorrido no Estádio Nilton Santos, com a retirada dos bonecos com os rostos de Leila Pereira e Ednaldo Rodrigues retirados pela Polícia Militar. Os objetos foram expostos em um acesso próximo ao Setor Sul, que é destinado à torcida visitante em jogos do Botafogo.
Poucos minutos depois, o Botafogo publicou nota repudiando os ataques a Leila Pereira e Ednaldo Rodrigues. Após a vitória sobre o Palmeiras, John Textor também lamentou o ocorrido.
No dia seguinte, em sorteio da Copa do Brasil na sede da CBF, o empresário norte-americano esteve presente e se desculpou, pessoalmente, ao presidente da CBF, que aceitou.