O nadador catarinense Talisson Glock, 29, venceu nesta sexta-feira, 6, os 400m livre da classe S6 (limitações físico-motoras), conquistou seu primeiro ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris e o bicampeonato paralímpico. Ele ganhou a medalha dourada na mesma distância nos Jogos de Tóquio-2020.
Talisson finalizou a prova com o tempo de 4min49s55, novo recorde das Américas. A prata ficou com o italiano Antonio Fantin, com o tempo de 4min49s99, e o bronze com o mexicano Jesus Alberto Gutierrez Bermudez, que nadou para 5min07s00.
O ouro nos 400m é a quarta medalha de Talisson em Paris-2024. Ele foi prata nos 100m livre, bronze nos 200m medley SM6 e bronze no revezamento misto 4x50m livre 20 pontos.
Ele soma agora nove medalhas paralímpicas, igualando outro nadador, o pernambucano Phelipe Rodrigues, que chegou a Paris como o atleta convocado para essa edição com mais pódios. Phelipe tinha oito medalhas paralímpicas e ganhou mais uma, a prata nos 50m livre da classe S10 (limitações físico-motoras). A nadadora pernambucana Carol Santiago sai de Paris com dez pódios paralímpicos em duas edições (Tóquio-2020 e Paris-2024).
Talisson fez um bom ciclo entre Tóquio e Paris. Ele foi ouro nos 400m livre, prata nos 100m livre e no revezamento 4x50m livre e bronze no revezamento 4x100m livre no Mundial de Manchester 2023 e ouro nos 100m livre, nos 400m livre e no revezamento 4x100m livre 34 pontos, prata nos 200m medley e bronze nos 100m costas nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023.
O nadador foi atropelado aos nove anos por um trem e perdeu o braço e a perna esquerdos. Seis meses depois, foi convidado para participar do Centro Esportivo para Pessoas Especiais (CEPE). Em 2004, passou a se dedicar aos treinos de natação. Em 2008, competiu em alguns torneios e, em 2010, foi chamado para integrar a Seleção Brasileira de natação.