Um dos treinadores de Jannik Sinner, Darren Cahill saiu em defesa do atual número 1 do mundo após a divulgação de que o tenista testou positivo duas vezes para uma substância proibida. O italiano não foi punido pela ATP, que entendeu que ele não teve culpa de ter sido contaminado.
“Jannik nunca faria nada intencionalmente. Ele esteve em uma situação infeliz. A verdade veio à tona. Ele não teve culpa nem negligência, e espero que possa deixar isso para trás, jogar e melhorar”, declarou Cahill.
Na terça-feira, 20, a Agência de Integridade do Tênis (ITIA) informou que os testes realizados nos dias 10 e 18 de março deram positivo para o anabolizante clostebol. Na época, Sinner entrou com um recurso que foi aceito pela entidade. O tenista teria sido contaminado pela substância por meio de seu fisioterapeuta, que estava utilizando o produto para tratar um corte na mão. Ao fazer massagem em Sinner, ele acabou contaminando o corpo de Jannik.
Apesar de ter sido absolvido, Sinner perderá os pontos e terá de devolver a premiação que conquistou ao chegar à semifinal do Masters 1000 de Indian Wells, torneio em que testou positivo.
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A absolvição de Sinner foi duramente criticada por alguns tenistas, que consideraram que não o trataram como a outros atletas que foram punidos. Cahill, no entanto, disse estar tranquilo por não ter havido punição.
“Teríamos visto uma grande mudança no seu físico e no seu entusiasmo por estar em quadra, mas isso o desgastou física e mentalmente. Depois, ele teve amigdalite e não participou dos Jogos Olímpicos. Não queremos que ninguém tenha pena de nós, só estamos agradecidos por não haver nenhuma sanção”, completou o treinador.
A ATP divulgou um comunicado explicando os motivos pelos quais Sinner não foi punido, destacando que não houve falha nem negligência por parte do atleta e que a contaminação aconteceu de forma acidental.
“Estamos encorajados que nenhuma falha ou negligência foi encontrada por parte de Jannik Sinner. Gostaríamos também de reconhecer a robustez do processo de investigação e avaliação independente dos fatos no âmbito do Programa Antidoping do Tênis, que lhe permitiu continuar competindo. Este tem sido um desafio para Jannik e a sua equipe e isto sublinha a necessidade de os jogadores e as suas equipes terem o máximo cuidado na utilização de produtos ou tratamentos. A integridade é fundamental no nosso esporte”, disse o comunicado.
