Um total de 17 nomes brasileiros está na lista dos melhores chefs do mundo em 2024, segundo o The Best Chef Awards. A oitava edição do prêmio ocorreu nesta quarta-feira (6) em cerimônia em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
A edição deste ano foi marcada por uma mudança no sistema de votação e classificação dos chefs. Não há mais uma lista classificatória baseada em posições numéricas. Agora há uma relação pautada nos atributos qualitativos, que concede de uma a três facas aos profissionais.
No total, 550 chefs foram reconhecidos nas três categorias. Por divisão, 97 chefs ficaram com três facas; 177 com duas e 276 chefs com uma.
Chefs brasileiros em destaque
O selo de três facas, que aponta para chefs de maestria de alto nível, foi para dois chefs brasileiros. São eles: Manu Buffara, do Manu, em Curitiba; e Alex Atala, à frente do D.O.M. e do Dalva e Dito, em São Paulo.
A chancela de duas facas, que indica chefs de status de nível mundial, foi para sete brasileiros. São eles: a dupla Fabrício Lemos e Lisiane Arouca, que está por trás do restaurante Origem, em Salvador; Ivan Ralston, chef do Tuju, em São Paulo; Jefferson Rueda, d’A Casa do Porco, em São Paulo; Rafa Costa e Silva, do Lasai, no Rio; Janaína Torres, do restaurante Dona Onça, em São Paulo; e Alberto Landgraf, do Oteque, no Rio.
Ao todo, oito nomes brasileiros receberam uma faca, que aponta para profissionais de “excelentes habilidades”. São eles: Helena Rizzo, nome por trás do Maní, em São Paulo; a dupla Dante e Kafe Bassi, do Manga Restaurante, em Salvador; Felipe Bronze, por trás do Oro, no Rio, e do Pipo, em São Paulo; Kazuo Harada, à frente do Kazuo Restaurante, em São Paulo; Gerônimo Athuel, do Ocyá, no Rio; Tássia Magalhães, do Nelita, em São Paulo; e Luiz Filipe Souza, do Evvai, em São Paulo.
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Pódio com os três melhores do mundo
Apesar da mudança no sistema, a premiação ainda tem um pódio que destaca os três melhores chefs do mundo.
Rasmus Munk foi eleito o melhor chef do mundo em 2024. Ele lidera o Alchemist, restaurante em Copenhague que desafia a gastronomia ao misturar espetáculo com discussões éticas sobre o setor por meio de sua “cozinha holística”. Os jantares na casa podem sair por mais de R$ 4.000. Confira como é a experiência no Alchemist nesta matéria.
Albert Adrià, do Enigma, em Barcelona, apareceu na 2ª colocação. Por fim, Eric Vildgaard, do restaurante Jordnær, nos arredores de Copenhague, ficou em 3º lugar.
Prêmios especiais
O chef Albert Adrià levou o prêmio (R)evolution para casa, que aponta para revoluções na cozinha. A chef Ana Roš, do Hiša Franko, na Eslovênia, foi honrada com o prêmio de Melhor Chef, categoria votada pelos colegas profissionais.
A Melhor Experiência Gastronômica foi para o chef Vaughan Mabee, do Amisfield Restaurant, na Nova Zelândia. O prêmio de Ciência foi para o chef Ángel León, do Aponiente, na Espanha. Paco Méndez, por trás do restaurante COME, em Barcelona, foi agraciado com o prêmio de Criatividade.
Julien Royer, do Odette, em Singapura, foi honrado com o prêmio de Arte Culinária. Já a Melhor Nova Entrada foi para a chef Mei Kogo, do Sushi Meino, em Tóquio, no Japão. Jaime Rodriguez, que pilota o Celene, em Cartagena, na Colômbia, subiu ao palco para receber o prêmio de “Terroir Award”, que aponta para profissionais que utilizam a biodiversidade da região como trunfo.
O chef Michele Lazzarini, da Itália, recebeu o prêmio de Melhor Próxima Geração, que coloca em evidência jovens chefs. René Frank, do Coda, em Berlim, na Alemanha, foi eleito o Melhor Chef Confeiteiro.
Houve também recortes regionais. O prêmio de “Melhor de Dubai” foi para o chef Himanshu Saini, do Trèsind Studio.
Mudanças no sistema de classificação
O sistema de votação e classificação do The Best Chef Awards mudou neste ano. Ao invés de uma classificação numérica para ranquear os chefs, a avaliação passou a atribuir de uma a três facas, que indica o nível de excelência do profissional.
O número de votantes aumentou de 350 para 568, que compreende 348 chefs e 220 profissionais de vários setores, incluindo jornalistas e especialistas em gastronomia. Os votantes estão espalhados por 63 países.
Os eleitores devem selecionar 10 chefs, com uma seleção obrigatória de três chefs de seu próprio país. Cada chef pode receber entre 100 e 1.000 pontos. Além disso, os eleitores podem atribuir pontos adicionais com base em atributos culinários específicos, como técnica de cozimento, maestria de sabor, inovação científica, sustentabilidade e criatividade.
Confira abaixo explicações sobre as novas categorias:
- Três Facas: concedidas a chefs que alcançam 80% ou mais do máximo de pontos possíveis, indicando maestria culinária de alto nível;
- Duas Facas: concedido a quem alcança 40% ou mais do máximo de pontos, indicando chefs de status a nível mundial;
- Uma faca: indica chefs que atinjam 20% ou mais dos pontos máximos, representando excelentes habilidades culinárias.