O Aeroporto Internacional Norman Manley fica sobre uma estreita faixa de areia, quase ao nível do mar, entre o Porto de Kingston e o Mar do Caribe aberto. Ele está exposto dos dois lados.
Quando um furacão como o Melissa se aproxima pelo sul, os ventos que sopram em direção à costa empurram a água diretamente para dentro do porto. A maré de tempestade se acumula sem ter para onde escoar, inundando a pista e as estradas próximas.
Foi exatamente isso que aconteceu durante o furacão Gilbert, em 1988, quando as ondas atravessaram o campo de aviação.
Atualmente, os dois aeroportos internacionais da Jamaica — o Norman Manley, em Kingston, e o Sangster, em Montego Bay — estão fechados enquanto Melissa atinge a ilha.
Furacão raro e o mais forte registrado na Jamaica
O furacão Melissa ganhou força rapidamente durante o final de semana e atingiu categoria 5 com ventos de mais de 280 km/h. No momento, ele está ao sul da Jamaica e deve tocar o solo do país na madrugada da terça-feira (28).
Segundo o Centro Nacional de Furacões, a chegada da tormenta terá um “impacto catastrófico”. A previsão é que haja cerca de um metro de chuva, maré de tempestade de até quatro metros e rajadas fortes de ventos devem causar “grandes danos à infraestrutura”, isolando comunidades.
O governo jamaicano emitiu ordens de retirada obrigatórias para as regiões costeiras do país antes da chegada da tempestade mais forte do mundo registrada em 2025. O Melissa deixou ao menos três mortos no Haiti e pelo menos uma pessoa na República Dominicana.

