Uma cena impressionante da natureza, que exemplifica como funciona a cadeia alimentar, foi registrada no Pantanal mato-grossense. Um jacaré foi atacado por uma onça-pintada enquanto se alimentava de uma piranha às margens do rio Cuiabá, no Corixo do Caxiri, na região do Parque Estadual Encontro das Águas, entre Poconé e Barão de Melgaço.
O vídeo foi registrado no último domingo (6/10) pelo guia de turismo Yco Campos. No momento em que registrou as imagens, eles estava conduzindo turistas, além de outros colegas de trabalho, divididos em três barcos.
Pela gravação, é possível ver a habilidade da onça ao atacar o jacaré, que não conseguiu terminar de devorar o peixe e se tornou o alimento do felino. A onça é um macho de, aproximadamente, três anos, chamado Ipepo.
“Quando eu vi o Ipepo subindo no barranco, eu fui para a frente, peguei uma luz boa e, quando eu cheguei o jacaré, estava comendo uma piranha. Na hora que o jacaré foi mais para o raso e mordeu a piranha, o Ipepo escutou a mordida e ‘mandou a bala’ lá de cima”, contou o guia ao G1.
Natureza selvagem
De acordo com Yco Campos, cenas de embates entre onças e jacarés são comuns na região do parque, no entanto, fazer um bom registro de momentos como este, não é fácil.
“Tem de estar na hora certa! Se encontrar uma onça caçando, tem de estar sempre seguindo”, explicou.
Onças conhecidas
A onça que aparece nas imagens é filho de Ibaca, onça que não teve tanta sorte em duas cenas filmadas em agosto de 2022. No primeiro registro, ela perdeu uma briga com uma sucuri no Rio Três Irmãos, também no Parque Estadual Encontro das Águas. No segundo, foi expulsa por um grupo de ariranhas.
O Parque Estadual Encontro das Águas, no Pantanal mato-grossense, é considerado um dos maiores abrigos de onças-pintadas do mundo. No local, os turistas podem passear de barco pelo bioma enquanto fazem o monitoramento das onças por meio de fotos e vídeos.
O parque tem 108 mil hectares de extensão. Segundo os guias do local, entre julho e setembro é o melhor período para observar as onças. Durante a seca, os felinos ficam mais próximos das margens dos rios em busca de água e de alimento, o que facilita observá-los.