Em uma reunião realizada antes dos discursos oficiais da cúpula dos Brics em Kazan, na Rússia, foi decidida a lista dos novos países que integrarão o bloco como membros associados. A Venezuela, que havia feito um intenso lobby para sua inclusão, ficou de fora da seleção final.
Segundo o analista internacional Américo Martins, o presidente russo, Vladimir Putin, apresentou uma lista com 13 nações que seriam aceitas apresentou uma lista com 13 nações que seriam aceitas como novos membros associados do grupo.
A ausência da Venezuela nesta lista foi notável, considerando os esforços diplomáticos do país para garantir sua participação.
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Brasil se opõe à inclusão da Venezuela
De acordo com Américo, o Brasil trabalhou ativamente contra a inclusão da Venezuela e conseguiu prevalecer nesta questão.
Quando Putin leu os nomes dos países selecionados, nenhum dos líderes presentes se manifestou contrariamente, o que, na visão do Itamaraty, encerra definitivamente o assunto.
A decisão representa uma vitória significativa para a diplomacia brasileira, que conseguiu influenciar a composição final do grupo expandido dos Brics.
Entre os países latino-americanos que foram incluídos na lista de novos membros associados estão apenas Bolívia e Cuba.
Novos membros dos Brics
Com a expansão do grupo, os Brics passam a ter uma estrutura mais complexa, dividida entre membros plenos e associados.
Os membros plenos continuam sendo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além dos recém-incorporados Irã, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Egito.
Os 13 novos países selecionados como membros associados participarão das discussões do grupo, mas não terão poder de decisão final em caso de divergências.
A lista completa desses novos membros ainda será confirmada após consultas individuais conduzidas pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia.