O Canadá afirmou nesta segunda-feira (27) que vai conceder vistos temporários a cinco mil moradores de Gaza sob um programa especial para parentes de canadenses que vivem no enclave devastado pela guerra, uma medida preparatória para o caso de eles poderem sair no futuro.
Esse número representa um aumento em relação aos 1.000 vistos de residência temporária concedidos em um programa especial para Gaza anunciado em dezembro, informou o Ministério da Imigração em comunicado, acrescentando que muitas pessoas manifestaram interesse.
“Embora não seja possível sair de Gaza no momento, a situação pode mudar a qualquer momento. Com esse aumento do limite, estaremos prontos para ajudar mais pessoas à medida que a situação evoluir”, disse o Ministro da Imigração, Marc Miller.
O ministro já havia dito anteriormente que sair de Gaza é extremamente difícil e depende da aprovação de Israel.
Em uma de suas últimas investidas, um ataque aéreo israelense provocou um incêndio de grandes proporções, matando 45 pessoas em um acampamento de barracas na cidade de Rafah, em Gaza, segundo as autoridades, provocando um clamor dos líderes globais.
O Canadá tem compartilhado com as autoridades locais os nomes dos residentes de Gaza que passaram pela triagem preliminar para garantir sua saída, disse Miller.
Um porta-voz de Miller disse que 448 habitantes de Gaza receberam um visto temporário, incluindo 254 sob uma política pública, e 41 chegaram ao Canadá até o momento.
Cerca de 36.000 palestinos foram mortos na ofensiva de Israel em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, e cerca de 1,7 milhão de pessoas, mais de 75% da população de Gaza, foram deslocadas, afirma a agência de refugiados palestinos da ONU, UNRWA.
Israel lançou sua campanha militar após militantes liderados pelo Hamas atacarem comunidades do sul de Israel em 7 de outubro, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 reféns, de acordo com os registros israelenses.
O gabinete do primeiro-ministro canadense Justin Trudeau não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre o ataque em Rafah.
Fonte: CNN.