O primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, perdeu o voto de desconfiança realizado no Parlamento do país nesta segunda-feira (16).
O próprio Scholz convocou a votação. A moção faz parte da estratégia política de Scholz, visando realizar uma eleição antecipada na Alemanha no início de 2025, após perder maioria política no Parlamento.
Após a derrota, a expectativa é que ele apresente o pedido de renúncia e peça ao presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, que dissolva o Parlamento em um processo que desencadeie novas eleições.
Novas votações devem ser realizadas no prazo de 60 dias após a dissolução do Parlamento.
Scholz, que lidera o partido de centro-esquerda Social Democrats (SPD), chegou a um acordo com os partidos da oposição para realizar eleições federais antecipadas em 23 de fevereiro.
Crise econômica
No mês passado, a coalizão governamental da Alemanha entrou em crise depois que desentendimentos sobre a fraca economia do país levaram Scholz a demitir seu ministro das finanças, Christian Lindner.
A demissão de Christian Lindner o fez retirar seu Partido Democrata Livre (PDL) de uma coalizão com o Partido Social Democrata (PSD) de Scholz, deixando-o em um governo minoritário com o Partido Verde (PV).
A legislação parou em grande parte desde o colapso do governo.
Scholz anunciou inicialmente que planejava realizar um voto de confiança em 15 de janeiro, mas foi imediatamente pressionado pelo partido de centro-direita União Democrata Cristã (CDU) para realizá-lo mais cedo.
O governo de Scholz tem se tornado cada vez mais impopular na Alemanha, com o alemão também sendo um dos chanceleres menos populares de todos os tempos, de acordo com uma pesquisa de opinião de setembro.