O chefe de segurança da líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, foi preso na manhã desta quarta-feira (17), informou seu movimento Vente Venezuela no X.
A prisão ocorre menos de duas semanas antes da disputa presidencial de 28 de julho, na qual as pesquisas mostram o candidato da coalizão de oposição, Edmundo González, significativamente à frente do presidente Nicolás Maduro, que busca um terceiro mandato.
Machado foi impedida por um tribunal de concorrer na eleição presidencial por supostas violações, o que ela nega, forçando sua coalizão a apoiar González, um ex-diplomata.
A Vente Venezuela disse que as autoridades levaram o chefe de segurança de Machado, Milciades Ávila, da casa onde ele estava hospedado.
O Ministério das Comunicações da Venezuela e a Procuradoria não responderam imediatamente a pedidos de comentários.
A oposição venezuelana tem denunciado repetidamente as prisões e outras ações das autoridades que, supostamente, têm o objetivo de prejudicar sua campanha eleitoral e impedir uma eleição justa.
Os Estados Unidos e outros países consideraram a reeleição de Maduro, um socialista, em 2018 como uma farsa. Washington pediu ao governo de Maduro que garanta que as eleições deste mês sejam “competitivas e inclusivas”.
O Foro Penal, uma organização não governamental, disse na segunda-feira que 102 pessoas foram detidas desde o início da campanha eleitoral em 4 de julho.
Seis dos ex-funcionários de campanha de Machado estão atualmente escondidos na embaixada da Argentina, onde estão buscando asilo político.