Os Estados Unidos confirmaram, na tarde desta terça-feira (8), que aplicarão uma nova tarifa de 50% contra a China. A medida ocorre após o gigante asiático não cumprir o pedido do presidente Donald Trump de voltar atrás com as taxas retaliatórias de 34% anunciadas na semana passada.
Trump havia estabelecido um prazo de até às 13h (horário de Brasília) desta terça para que o país recuasse. As tarifas passarão a valer a partir das 03h01 (horário de Brasília) desta quarta-feira (9), segundo informações da Reuters.
A nova taxa entra em vigor nesta quarta-feira (9), junto com a tarifa “base” anunciada na semana passada no “Dia da Libertação” de Trump.
Ainda, o presidente Donald Trump deve impor uma taxa adicional de 84% sobre todas as importações chinesas na quarta-feira, anunciou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, na tarde desta terça-feira.
Isso significa que todos os produtos do país estão sujeitos a uma tarifa de pelo menos 104%.
As tarifas da China já estavam previstas para aumentar em 34% na quarta-feira, como parte do pacote de tarifas “recíprocas” de Trump. Mas o presidente acrescentou mais 50% depois que Pequim não recuou em sua promessa de impor tarifas retaliatórias de 34% sobre os produtos americanos até o meio-dia de terça-feira.
“Países como a China, que optaram por retaliar e tentar dobrar seus maus tratos aos trabalhadores americanos, estão cometendo um erro”, disse Leavitt aos repórteres na terça-feira.
“O presidente Trump tem uma espinha dorsal de aço e não vai se quebrar”.
“Os chineses querem fazer um acordo, só não sabem como fazê-lo”, acrescentou. Ela se recusou a informar quais seriam os termos que Trump consideraria para reduzir as tarifas sobre a China, se é que haveria algum.
A China foi a segunda maior fonte de importações dos EUA no ano passado, enviando um total de US$ 439 bilhões em mercadorias para os EUA, enquanto os EUA exportaram US$ 144 bilhões em mercadorias para a China. As tarifas mútuas ameaçam prejudicar as indústrias domésticas e estão prontas para resultar em demissões.
Dezenas de outros países, bem como a União Europeia, também enfrentam um prazo até a meia-noite para novas taxas tarifárias. Essas taxas, que Trump definiu na semana passada, variam de 11% a 50%.
Leavitt disse aos repórteres que, apesar de várias conversas com líderes mundiais com o objetivo de negociar tarifas mais baixas, Trump tem pouco apetite para adiar seus planos.
Depois de conversar com Trump na terça-feira, Leavitt disse: “Ele espera que essas tarifas entrem em vigor”.